Ao que demais comer, abre‑lhe o garfo a cova

Ao que demais comer, abre-lhe o garfo a cova.
 ... Ao que demais comer, abre-lhe o garfo a cova.

Advertência contra os excessos: comer em demasia (ou exceder-se em qualquer área) conduz a prejuízo ou até à ruína.

Versão neutra

Quem come em excesso cava a própria cova.

Faqs

  • Qual é a origem deste provérbio?
    A origem exata não é conhecida; pertence à tradição popular de língua portuguesa e utiliza a imagem da cova como metáfora para as consequências dos excessos.
  • Devo usar este provérbio literalmente ou figuradamente?
    Pode ser usado de ambas as formas. Literalmente serve como aviso contra a ingestão excessiva de alimentos; figuradamente aplica‑se a comportamentos excessivos, como ganância ou consumo descontrolado.
  • É ofensivo dizer isto a alguém com excesso de peso?
    Podem existir conotações negativas. É preferível evitar usar o provérbio para criticar diretamente a aparência ou a saúde de alguém; use‑o melhor em contextos gerais sobre excessos ou como reflexão moral.

Notas de uso

  • Emprego literal: advertência sobre os riscos de comer em excesso (problemas de saúde, indigestão).
  • Emprego figurado: aplicado a comportamentos excessivos (ganância, consumo desmesurado, ambição desmedida).
  • Registo: popular e proverbial; pode soar antigo ou rural dependendo da região.
  • Tom: geralmente usado como aviso ou repreensão; em contextos formais convém preferir linguagem direta.
  • Sensibilidade: evitar usar como crítica pejorativa sobre peso corporal — melhor aplicar ao contexto de excessos de comportamento ou consumo.

Exemplos

  • Quando começou a juntar dívidas para ter sempre mais, recordámo‑lhe que 'quem come em excesso cava a própria cova' — acabou por perder a casa.
  • Depois de tanto festejar sem limites e negligenciar a saúde, ela ouviu o provérbio: 'Ao que demais comer, abre‑lhe o garfo a cova', e decidiu moderar os hábitos alimentares.

Variações Sinónimos

  • Quem demais come, cava a sua cova.
  • Quem come em excesso cava a própria cova.
  • Ao que mais comer, abrir‑se‑lhe‑á a cova.

Relacionados

  • Tudo em excesso faz mal.
  • Quem tudo quer, nada tem.
  • Mais vale pouco e bom do que muito e arriscado.

Contrapontos

  • Carpe diem — aproveitar a vida; sugere desfrutar sem medo (após ponderação).
  • Contemporaneamente, há quem defenda a ideia de equilíbrio entre prazer e saúde em vez de advertência severa contra todo o prazer.

Equivalentes

  • inglês
    He who eats too much digs his own grave. / Too much of a good thing is bad.
  • espanhol
    Quien come demasiado cava su tumba.
  • francês
    Qui mange trop creuse sa propre tombe.