Aonde se fazem, aí se pagam.
As consequências recaem sobre quem praticou a ação; cada um paga pelo que fez.
Versão neutra
Cada ação tem consequências para quem a pratica.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que as consequências (morais, legais ou práticas) tendem a recair sobre quem praticou a ação: cada um é responsável pelas suas obras. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer salientar responsabilidade ou justiça retributiva em situações de erro, má conduta ou decisões com consequências previsíveis. - É um provérbio formal ou coloquial?
Pode ser usado em registos formais e informais; o tom depende do contexto e da entoação (pode ser admonitório). - Esta expressão tem origem conhecida?
Não há origem documentada precisa; é um ditado tradicional que reflete um princípio moral comum a muitas culturas. - O provérbio aplica-se sempre?
Não. Há situações de injustiça, erro involuntário ou responsabilidade colectiva em que as consequências não recaem directamente sobre o autor do acto.
Notas de uso
- Expressa responsabilidade moral, civil ou financeira por actos próprios.
- Usado tanto em contextos informais como formais; tom admonitório ou explicativo.
- Não indica necessariamente punição legal — pode referir-se a efeitos naturais ou sociais das ações.
- Forma mais comum em português europeu; estrutura arcaica de 'aonde' pode aparecer em variedades regionais.
Exemplos
- Depois de ter fiscalizado mal as contas, o gerente foi responsabilizado; a expressão 'aonde se fazem, aí se pagam' aplica-se bem ao caso.
- Quando uma empresa desrespeita normas ambientais e sofre coimas e perda de clientes, verifica-se que 'aonde se fazem, aí se pagam'.
- Se alguém engana os colegas e acaba despedido, costuma-se dizer que 'aonde se fazem, aí se pagam' para sublinhar a responsabilidade pessoal.
Variações Sinónimos
- Onde se fazem, aí se pagam.
- Quem faz, paga.
- Cada um paga pelo que faz.
- Quem semeia ventos colhe tempestades.
Relacionados
- Quem semeia ventos colhe tempestades
- Cada um paga por si
- Quem planta, colhe
Contrapontos
- Nem sempre as consequências recaem sobre quem as provocou — podem incidir sobre terceiros ou ser assumidas colectivamente.
- Em sistemas injustos ou corruptos, os culpados podem não ser responsabilizados, contrariando o provérbio.
- Acidentes ou situações fortuitas onde não há intenção podem tornar inaplicável a ideia de 'pagar' pelo acto.
Equivalentes
- Inglês
You made your bed, now lie in it / You reap what you sow. - Espanhol
Quien la hace, la paga / Quien siembra, cosecha. - Francês
On récolte ce que l'on sème. - Alemão
Wer sät, der erntet.