Aquele que gosta de ser adulado é cúmplice do adulador.
Quem gosta de receber adulação facilita e legitima o comportamento do adulador, assumindo parte da responsabilidade pela manipulação.
Versão neutra
Quem gosta de ser lisonjeado coopera com quem lisonjeia.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use‑o ao comentar situações em que alguém aceita elogios óbvios e vantajosos que parecem ter fins manipulativos, sobretudo para salientar responsabilidade moral ou social. - É ofensivo dizer isto a alguém diretamente?
Pode ser; a frase implica culpabilidade. Antes de a usar diretamente, confirme factos e prefira abordagem construtiva se quiser corrigir comportamento. - Qual a diferença entre elogio e adulação?
Elogio é um reconhecimento sincero de qualidade; adulação é exagerada e interessada, destinada a obter favores ou manipular decisões. - Há exceções em que aceitar elogios não é ser cúmplice?
Sim: quando os elogios são sinceros, sociais ou culturais, ou quando a pessoa não percebe a intenção manipuladora, a aceitação não implica necessariamente cumplicidade.
Notas de uso
- Tonalidade crítica: costuma ser usado para censurar quem aceita elogios exagerados que têm fins manipulatórios.
- Registo: apropriado em contextos formais e informais quando se discute responsabilidade moral ou social.
- Advertência prática: não confundir elogio sincero com adulação interessada; o provérbio refere‑se ao segundo caso.
- Evitar em situações sensíveis — pode soar acusatório ou humilhante se dirigido diretamente sem fundamento.
Exemplos
- No trabalho, ao aceitar constantemente elogios falsos do chefe, João acabou por favorecer decisões que lhe eram favoráveis; como dizem, quem gosta de ser adulado é cúmplice do adulador.
- Nas redes sociais, ao partilhar e incentivar comentários bajuladores sobre determinadas figuras públicas, os utilizadores tornaram‑se cúmplices do esquema de relações públicas; o provérbio aplica‑se bem aqui.
Variações Sinónimos
- Quem se deixa lisonjear consente na lisonja.
- Quem aprecia bajulação favorece o bajulador.
- O que se delicia com elogios falsos é cúmplice de quem os profere.
- Quem gosta de bajulação alimenta o bajulador.
Relacionados
- Preferir elogios sinceros a lisonjas.
- Responsabilidade por permitir manipulação
- Efeito da adulação nas decisões pessoais e públicas
Contrapontos
- Nem toda a adulação tem intenção manipuladora; há quem receba elogios por timidez ou falta de critérios, sem intenção de apoiar o adulador.
- Em certos contextos culturais, aceitar elogios é um comportamento socialmente esperado, não necessariamente conivente.
- Elogios podem aumentar a confiança e motivar; a distinção entre incentivo legítimo e manipulação é importante.
Equivalentes
- inglês
He who likes to be flattered is an accomplice of the flatterer. - espanhol
Quien gusta de ser halagado es cómplice del halagador. - francês
Celui qui aime être flatté est complice du flatteur.