Às vezes muito ameaça quem de medroso não passa.

Às vezes muito ameaça quem de medroso não passa ... Às vezes muito ameaça quem de medroso não passa.

Quem profere muitas ameaças costuma ser, na realidade, tímido ou reticente; as palavras servem de fachada sem corresponder a ações.

Versão neutra

Muitas vezes, quem mais ameaça é quem menos age.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que muitas vezes as ameaças são uma cobertura de medo: quem ameaça muito costuma não passar à ação e mostra insegurança.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer apontar que alguém está a intimidar verbalmente sem ter intenção ou capacidade real de cumprir as ameaças; em conversas informais, críticas ou comentários literários.
  • É ofensivo dizer isto a alguém?
    Pode ser interpretado como provocatório ou desrespeitoso se dirigido diretamente; melhor usado em comentário sobre comportamento do que como ataque pessoal.

Notas de uso

  • Registo coloquial e somewhat arcaizante; pode soar mais literário do que o português corrente.
  • Usa-se para comentar comportamentos de quem blufa ou intimida com palavras, mas evita confrontos reais.
  • Adequado em contextos de crítica social, política ou interpessoal para indicar falta de coragem prática.

Exemplos

  • No debate parecia muito agressivo nas palavras, mas ninguém o levou a sério — às vezes muito ameaça quem de medroso não passa.
  • Quando o colega anunciou que ia processar a empresa, pensei logo que era bluff: muitas vezes quem ameaça muito é apenas medroso.
  • Os trolls nas redes sociais fazem grandes ameaças, mas quando confrontados mostram-se incapazes de as cumprir — provérbio aplicável.

Variações Sinónimos

  • Quem muito ameaça pouco faz.
  • Quem muito fala, pouco faz.
  • Muita ameaça, pouca coragem.
  • Boca grande, mãos pequenas.

Relacionados

  • Cão que ladra não morde.
  • Quem muito fala, pouco faz.
  • Muitas palavras, poucas ações.

Contrapontos

  • Nem todas as ameaças são vazias: em certos contextos (criminal, diplomático, laboral) devem ser levadas a sério e investigadas.
  • Algumas pessoas usam ameaças como forma dissuasora eficaz; daí que a mera ausência de ação aparente não invalida a intenção.
  • Em situações de poder desigual, quem ameaça pode ter meios reais para agir — o provérbio não é uma regra absoluta.

Equivalentes

  • inglês
    Often those who threaten the most are actually the most fearful. / Barking dogs seldom bite.
  • espanhol
    Muchas veces, quien mucho amenaza es el cobarde. / Perro que ladra no muerde.
  • francês
    Souvent, celui qui menace le plus est le plus peureux. / Les chiens qui aboient ne mordent pas.
  • alemão
    Wer viel droht, ist oft der Ängstliche. / Bellende Hunde beißen nicht.