Barriga cheia e pé dormente, não dura sempre
Aviso de que o bem-estar ou a comodidade momentâneos são passageiros e não garantem duração permanente.
Versão neutra
Barriga cheia e pé dormente não duram para sempre.
Faqs
- Qual é o sentido literal do provérbio?
Literalmente refere‑se à sensação física—estar saciado e ter o pé dormente—mas o uso corrente é metafórico, apontando para a transitoriedade do bem-estar. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer alertar alguém sobre a possibilidade de mudança de fortuna ou para aconselhar prudência e preparação para tempos menos favoráveis. - É um provérbio formal ou informal?
É de uso informal/coloquial; evita‑se em contextos muito formais ou académicos sem explicação. - Tem conotações negativas?
Pode ter conotação pessimista ou preventiva, mas também serve como conselho prático para poupar, planear e não confiar apenas no presente favorável.
Notas de uso
- Uso predominantemente figurado: refere-se à impermanência do conforto material ou da boa sorte.
- Tom habitual: preventivo ou admonitório; pode ser dito com seriedade ou ironia.
- Registo: informal a coloquial; adequado em conversas quotidianas, menos em contextos muito formais.
- Pode ser dirigido a alguém que está a acomodar-se ou a gastar sem pensar no futuro.
Exemplos
- Depois de receber o prémio, o gerente avisou a equipa: «Barriga cheia e pé dormente, não dura sempre» — é preciso preparar-se para possíveis mudanças.
- A família poupou durante anos porque sabia que os tempos bons podiam não durar: barriga cheia e pé dormente não duram para sempre.
- Quando as vendas dispararam, o empresário lembrou aos colaboradores que não deviam desperdiçar os ganhos: o provérbio «barriga cheia e pé dormente» serve como alerta contra a complacência.
Variações Sinónimos
- Barriga cheia, pé dormente
- Nada dura para sempre
- O que hoje é, amanhã pode não ser
- Nem tudo o que é bom dura eternamente
Relacionados
- Nada dura para sempre
- Tempo e vento não se podem prender
- A bonança não é para sempre
Contrapontos
- Nem sempre o conforto é efémero: políticas de bem-estar ou planeamento financeiro podem tornar um período estável mais duradouro.
- Interpretar o provérbio como aviso exclusivo para a austeridade pode ignorar a importância de aproveitar momentos positivos de forma equilibrada.
- A expressão pode ser usada de forma pessimista; uma visão alternativa valoriza a resiliência e a gestão para prolongar o bem-estar.
Equivalentes
- Inglês
Nothing lasts forever / A full belly and a numb foot don't last forever (equivalente de sentido) - Espanhol
Nada es para siempre / Barriga llena y pie dormido no dura siempre (variante semelhante) - Francês
Rien n'est éternel / L'abondance est souvent passagère - Alemão
Nichts ist von Dauer