Bem parece o ladrão na forca.

Bem parece o ladrão na forca.
 ... Bem parece o ladrão na forca.

Aparências de culpa levam à desconfiança; quem parece culpado tende a ser tratado como tal.

Versão neutra

A aparência de culpa gera suspeita.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Usa-se em contextos coloquiais para comentar situações em que a aparência ou o comportamento de alguém gera suspeita; não é adequado como justificação em contextos formais ou legais.
  • O provérbio justifica tratar alguém como culpado?
    Não. O provérbio descreve uma tendência social — a forma como a aparência influencia o juízo — mas não legitima substituir prova por suspeita.
  • Há sensibilidade no uso deste provérbio?
    Sim. A referência à 'forca' remete para execução e deve ser evitada em situações sensíveis; também pode reforçar preconceitos baseados na aparência.
  • Existe variação regional deste provérbio?
    A fórmula pode variar na palavra 'forca/horca' ou nas construções equivalentes; o sentido mantém‑se na tradição ibérica e em comunidades de fala portuguesa.

Notas de uso

  • Usa-se para comentar situações em que o comportamento ou a aparência de alguém provoca suspeitas, mesmo sem prova.
  • Tom irónico ou crítico: pode servir para apontar preconceito alheio ou para justificar desconfiança.
  • Registo: coloquial/popular. Evitar uso em contextos formais ou judiciais onde se exija objectividade.
  • Cuidado: sugere julgamento baseado em aparência; pode reforçar estigmas e injustiças.

Exemplos

  • Vendo-o sair do escritório com a gaveta aberta e sem explicação, comentaram: 'Bem parece o ladrão na forca.'
  • Quando chegou nervosa e sem documentos, foi logo observada — 'bem parece o ladrão na forca' — embora nada se tivesse provado.
  • Numa conversa entre colegas: 'Ele esteve a evitar responder às perguntas; bem parece o ladrão na forca', disse Maria com cepticismo.

Variações Sinónimos

  • Parece mesmo culpado.
  • Quem parece ladrão, é olhado como tal.
  • Aparência compromete.

Relacionados

  • A primeira impressão é a que fica.
  • Quem não deve, não teme (usado em sentido inverso).
  • Pelo hábito se conhece o monge (sobre sinais que delatam).

Contrapontos

  • Não se julga o livro pela capa.
  • Não acuses sem provas.
  • A presunção de inocência: primeiro provar, depois julgar.

Equivalentes

  • inglês
    He who looks like a thief is treated like one. / If it looks like a duck and quacks like a duck...
  • espanhol
    Bien parece el ladrón en la horca.
  • francês
    L'apparence du coupable attire la suspicion.
  • alemão
    Wer wie ein Dieb aussieht, gilt schnell als solcher.