Cabeça que não tem juízo, quem o paga é o corpo.
Decisões tomadas sem bom senso tendem a provocar consequências físicas ou materiais sobre quem as toma.
Versão neutra
Quem age sem ponderar acaba por sofrer as consequências.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em situações informais para advertir alguém que tomou ou está prestes a tomar uma decisão arriscada, sobretudo quando o risco envolve a saúde ou a segurança pessoal. - O provérbio culpa sempre a pessoa que sofreu a consequência?
Não necessariamente, mas o provérbio tende a enfatizar a responsabilidade individual. Deve ser usado com cuidado para não desconsiderar factores externos ou circunstâncias atenuantes. - Existe uma versão menos moralizadora do provérbio?
Sim. Uma formulação neutra é: 'Quem age sem ponderar acaba por sofrer as consequências', que comunica a ideia sem carregar numa culpa directa.
Notas de uso
- Usado para advertir alguém que age sem ponderação, sobretudo quando o risco envolve a saúde ou a integridade física.
- Tomado literalmente, refere-se ao corpo como alvo das consequências; figuradamente, significa sofrer as repercussões de escolhas imprudentes.
- Frequente em contextos familiares e informais; registo coloquial e moralizador.
- Convém evitar o provérbio quando as circunstâncias envolvem coerção, desigualdade ou fatores além do controlo individual, para não incorrer em vitimização.
Exemplos
- Disse-lhe para não subir ao telhado sem protecção, mas não ouviu; agora, com o braço partido, percebe-se bem que 'cabeça que não tem juízo, quem o paga é o corpo'.
- Se passas noites em claro e ignores os sinais de cansaço, a tua saúde vai ressentir-se — cabeceira que não tem juízo, paga o corpo.
- O operário não usou os equipamentos de segurança e sofreu um acidente: cabeças sem juízo acabam por custar caro ao corpo e à família.
Variações Sinónimos
- Quem não tem juízo acaba por pagar caro.
- Quem brinca com fogo acaba por se queimar.
- Quem semeia imprudência colhe consequências.
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar.
- Brincar com fogo é perigoso (equivalente figurado).
- Quem semeia vento colhe tempestade (sobre consequências).
Contrapontos
- Nem todas as consequências físicas provêm exclusivamente de uma falta de juízo individual; factores sociais, económicos e de saúde pública também influenciam o resultado.
- Usar o provérbio como explicação única pode levar à culpabilização de vítimas de acidentes, violência ou doença.
- Em contextos profissionais, a responsabilidade pode recair também sobre empregadores ou regulamentação insuficiente, não apenas sobre a pessoa que actuou sem juízo.
Equivalentes
- inglês
If you play with fire, you'll get burned. - inglês
You made your bed, now lie in it. - espanhol
Quien no hace caso, sufre las consecuencias. - francês
Qui sème le vent récolte la tempête.