Cada um fala do que trata

Cada um fala do que trata.

As pessoas tendem a falar sobre aquilo de que tratam ou conhecem — ou seja, sobre a sua área de trabalho, experiência ou interesses.

Versão neutra

Cada pessoa fala sobre aquilo que conhece ou com que lida.

Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando se quer reconhecer que uma pessoa tem mais prática ou autoridade numa área concreta, ou para explicar por que alguém aborda preferencialmente determinado tema.
O provérbio valida automaticamente a opinião de um especialista?
Não. Indica que a pessoa fala a partir da sua experiência, mas a validade da opinião depende de evidências, contexto e possível discordância entre especialistas.
Pode ser usado de forma crítica?
Sim. Pode ser usado para apontar parcialidade — por exemplo, quando alguém defende uma posição porque tem interesses directos na matéria.
Tem origem registada em autores ou documentos?
Não há autoria conhecida; trata-se de um ditado popular transmitido oralmente e presente no uso corrente.

Usa-se para justificar por que alguém domina melhor um assunto ou para explicar por que alguém fala especialmente sobre uma matéria.
Pode servir tanto para reconhecer autoridade (quando se destaca conhecimento especializado) como para criticar parcialidade (quando alguém só vê a partir da própria perspetiva).
Não é um argumento definitivo contra outras opiniões; indica preferência ou competência relativa, não prova absoluta.

Na reunião, a técnica explicou os detalhes do processo. É natural — cada um fala do que trata.
Quando o José começou a falar de contabilidade, percebemos por que insistia naquelas medidas: cada um fala do que trata.
Não leves isso como desacordo pessoal; ela apenas falou sobre recursos humanos — cada um fala do que trata.

Cada cabeça, sua sentença (cada um tem a sua opinião).
Quem sabe faz, quem não sabe ensina (usado de forma crítica sobre competências).

Nem sempre quem fala sobre um tema tem razão absoluta — especialistas também podem discordar entre si.
Pessoas fora da área podem oferecer perspetivas válidas; o facto de alguém 'falar do que trata' não invalida outras observações.
Usar o provérbio como argumento final pode silenciar contributos úteis de quem não é especialista.