Caipora é o capim, que, quando não chove, não nasce...

Caipora é o capim, que, quando não chove, não n ... Caipora é o capim, que, quando não chove, não nasce, e, quando chove e nasce, o boi come.

Expressa a ideia de futilidade: ou algo não acontece, ou, quando acontece, é imediatamente perdido ou aproveitado por outros.

Versão neutra

O capim, quando não chove, não cresce; e, quando cresce, o boi come — ou seja, ou não surge rendimento, ou é imediatamente perdido.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que algo é inútil ou fútil: ou não acontece por falta de condições, ou, quando acontece, é perdido ou aproveitado por outros.
  • Quando é apropriado usá‑lo?
    Em situações informais para criticar iniciativas mal planeadas, desperdício de recursos ou dependência excessiva de condições externas (como a chuva).
  • De onde vem a referência à 'caipora'?
    A 'caipora' é figura do imaginário rural brasileiro; aqui funciona como elemento do provérbio que remete ao ambiente agropecuário e às dificuldades da produção sazonal.

Notas de uso

  • Uso coloquial, sobretudo em contextos rurais ou para criticar iniciativas mal planeadas.
  • Registo informal; adequado para conversas, textos sobre cultura popular ou comentários sobre desperdício de recursos.
  • Implica resignação ou crítica sobre resultados ineficazes; raramente usado em discurso formal.

Exemplos

  • Planeámos o plantio sem garantir irrigação; no fim de contas, foi como dizer 'caipora é o capim' — nada deu rendimento.
  • Investiram na abertura de um mercado sem logística de distribuição; quando surgiram produtos, acabaram desperdiçados — caipora é o capim.

Variações Sinónimos

  • Quando não chove o capim não nasce; quando nasce, o boi come.
  • Ou não nasce, ou nasce e o boi come.
  • É o capim: se não chove não há; se há, o boi come.

Relacionados

  • Não vale a pena chorar sobre o leite derramado (don't cry over spilt milk) — refere-se ao desperdício ocorrido.
  • Não adianta semear onde não há água — sobre condições essenciais para resultados.
  • Tudo para ninguém — expressão de esforço inútil.

Contrapontos

  • Planeamento e investimento em proteção (ex.: cercas, silagem) para evitar que o produto seja perdido.
  • Diversificar fontes de rendimento para reduzir dependência de uma única condição climática.
  • Guardar ou transformar o excedente (conservação) para impedir a perda imediata.

Equivalentes

  • en
    Literal: 'The caipora is the grass: when it doesn't rain it doesn't grow, and when it grows the ox eats it.' Idiomatic equivalent: 'All for nothing' / 'What good is it if…'
  • es
    Literal: 'La caipora es la hierba: si no llueve no nace, y si nace la come el buey.' Equivalente: 'De nada sirve' / 'Todo para nada.'

Provérbios