Carão não mata, mas incha a lata.

Carão não mata, mas incha a lata.
 ... Carão não mata, mas incha a lata.

Expressão coloquial que minimiza a gravidade de um castigo ou agressão leve: não costuma ter consequências fatais, mas causa desconforto ou dano temporário.

Versão neutra

Uma bofetada/repreensão não mata, mas faz efeito (dói e deixa marcas temporárias).

Faqs

  • O que significa exatamente 'carão' neste provérbio?
    Depende da região: pode referir‑se a uma repreensão severa (fazer um 'carão'), a uma expressão de desaprovação ou a uma agressão física leve (bofetada). O sentido geral é minimizar a gravidade, sublinhando o efeito imediato.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Em conversas informais para relativizar uma reprimenda ou um castigo leve, muitas vezes com humor. Evite‑o em contextos em que se trate de violência real ou situações sensíveis.
  • Qual é a origem do ditado?
    A origem exacta não é documentada; trata‑se de um provérbio popular e coloquial transmitido oralmente, provavelmente decorrente de expressões regionais sobre repreensões e bofetadas.

Notas de uso

  • Usa-se para relativizar um castigo, uma repreensão severa ou uma bofetada; funciona como forma de humor ou de consolo.
  • Pode referir-se tanto a uma repreensão (fazer um 'carão', olhar ou sermão severo) como a uma agressão física leve, dependendo da região.
  • É expressão informal; evita‑se em contextos formais ou quando se discute violência doméstica ou abuso, porque pode minimizar danos reais.
  • Frequentemente usada em tom irónico para desculpar ou justificar uma reacção desproporcionada.

Exemplos

  • Quando o miúdo voltou a entrar pelas comportas, o pai deu-lhe um carão e disse que era só para aprender — carão não mata, mas fica a lição.
  • Ela fez‑lhe um carão por ter quebrado o prato; todos rimos e comentámos que carão não mata, mas incha a lata.

Variações Sinónimos

  • Bofetada não mata, mas dói.
  • Um carão não mata, só dá que falar.
  • Leva um susto e passa (variação irónica).

Relacionados

  • O que não mata, engorda.
  • Levar um puxão de orelhas faz bem.
  • Quem não é cão, não é nada.

Contrapontos

  • Minimizar agressões físicas ou psicológicas pode ser perigoso; muitas situações têm consequências sérias e não devem ser banalizadas.
  • Em casos de violência doméstica ou abuso, esta expressão é inadequada e insensível.
  • Nem toda repreensão é educativa — a violência raramente é a melhor resposta disciplinar.

Equivalentes

  • inglês
    A smack won't kill you, but it stings.
  • espanhol
    Una bofetada no mata, pero deja marca.
  • francês
    Une gifle ne tue pas, mais elle fait mal.