Coisa ruim não tem perigo

Coisa ruim não tem perigo.

Expressa a ideia de que algo que já está estragado, perdido ou degradado não pode piorar, pelo que não representa risco adicional.

Versão neutra

O que já está mau não pode piorar.

Quando se usa este provérbio?
Usa-se para diminuir a preocupação com algo já danificado ou perdido, ou para justificar que se tome uma iniciativa sem medo de piorar a situação.
É um provérbio optimista ou pessimista?
Tem um tom resignado ou fatalista: aceita que a situação já é má e reduz a perceção de risco. Pode parecer pessimista, mas também serve para libertar da preocupação.
Há riscos em aplicar esta ideia literalmente?
Sim. Em muitos casos uma situação já mau pode agravar-se. Aplicá-lo sem avaliar consequências reais pode levar a negligência e danos maiores, especialmente em saúde e segurança.
Que provérbios dão um contraponto?
Expressões como 'Mais vale prevenir do que remediar' ou 'O seguro morreu de velho' aconselham prudência em vez de resignação.

Usado informalmente para minimizar a preocupação com algo já comprometido.
Tem tom fatalista ou resignado; pode servir para consolar ou para justificar uma ação arriscada.
Não é adequado em contextos técnicos, médicos ou legais onde consequências adicionais podem realmente agravar a situação.
Registo: informal; usado em conversa corrente entre familiares ou amigos.

O computador já estava irreparável depois do incêndio; coisa ruim não tem perigo — tentei instalar outra coisa só por curiosidade.
Como o telhado já tinha várias infiltrações, o reparador disse 'coisa ruim não tem perigo' e explicou que era o melhor momento para substituir as telhas todas.

Nem sempre: situações já más podem agravar-se; por isso, a atitude pode ser negligente.
Provérbios de cautela, por exemplo 'Mais vale prevenir do que remediar', lembram que é preferível evitar riscos.
Em áreas como saúde, segurança ou finanças, assumir que não pode piorar pode ter consequências sérias.