Com a barriga cheia raciocina-se melhor
Sugere que quando as necessidades básicas (fome) estão satisfeitas a capacidade de pensar e decidir melhora.
Versão neutra
Quando a fome está saciada, pensa-se e decide-se melhor.
Faqs
- Isto é um facto científico?
Há estudos que ligam níveis adequados de glicose e nutrição com desempenho cognitivo, mas os efeitos dependem do indivíduo, do tipo de alimento e das circunstâncias; a frase é sobretudo uma observação popular resumida. - Quando é apropriado usar este provérbio?
É adequado em conversas informais para justificar uma pausa para comer antes de tomar decisões ou para sublinhar a importância de condições básicas. Em contextos sensíveis sobre pobreza, use termos mais cuidadosos. - Pode ser ofensivo dizer isto a alguém em dificuldades?
Sim, pode ser insensível se usado para justificar falta de apoio ou para culpabilizar quem sofre privação. Deve ser evitado em discussões que envolvam desigualdades sociais sem contexto.
Notas de uso
- Usa-se tanto em sentido literal (após comer fica-se mais atento) como figurado (quando se garantem condições mínimas para trabalhar ou decidir).
- Registo coloquial; apropriado em conversas informais e em observações do quotidiano. Em contextos formais, prefere-se linguagem mais neutra.
- Não é uma afirmação científica absoluta: refere uma observação comum, mas há variações individuais e situações em que o jejum ou outros fatores alteram a atenção.
- Evita usar para minimizar ou culpabilizar pessoas em situação de pobreza. Reconhece-se que a expressão resume uma relação entre bem-estar físico e desempenho cognitivo.
Exemplos
- Depois do almoço, a equipa resolveu o problema com mais calma — com a barriga cheia raciocina-se melhor.
- Antes de tomar decisões importantes sobre o projeto, garantimos um intervalo para comer; com a barriga cheia raciocina-se melhor.
Variações Sinónimos
- Com a barriga cheia pensa-se melhor
- Com o estômago cheio raciocina-se melhor
- Quem tem a barriga cheia raciocina melhor
- Com o ventre cheio trabalha-se melhor
Relacionados
- Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão (sobre como a fome agrava conflitos)
- Não há fome que adormeça (contraste cultural sobre fome e comportamento)
- Alimentação e rendimento (expressão geral sobre bem-estar e desempenho)
Contrapontos
- Algumas pessoas relatam maior clareza mental em jejum; o efeito da alimentação na cognição varia com a pessoa, o tipo de comida e o momento.
- Comer em excesso ou refeições muito pesadas pode causar sonolência e reduzir a capacidade de concentração, pelo que 'barriga cheia' não garante sempre melhor raciocínio.
- A expressão não substitui explicações mais complexas sobre nutrição, saúde mental e factores socioeconómicos que afectam a tomada de decisão.
Equivalentes
- es
Con la barriga llena se razona mejor. - en
A full belly helps one think more clearly. - fr
L'estomac plein pense mieux. - de
Mit vollem Magen denkt man besser.