Com vento se limpa o trigo, e os vícios com castigo.
Comparação entre a limpeza natural do trigo pelo vento e a ideia de que os vícios ou maus hábitos se corrigem através de punição ou consequências firmes.
Versão neutra
Como o vento limpa o trigo da palha, consequências firmes podem corrigir hábitos nocivos.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Significa que, assim como o vento separa e limpa o trigo, a punição ou consequências firmes podem corrigir vícios ou maus hábitos. - É correto usar este provérbio para justificar qualquer tipo de punição?
Não necessariamente. O provérbio condensa uma visão tradicional; hoje distingue‑se entre punição proporcional, medidas educativas e práticas abusivas. Deve ser usado com cuidado. - Em que contextos este provérbio é mais comum?
Em conversas informais sobre disciplina, educação ou justiça — quando se quer defender a necessidade de imposição de consequências para mudança de comportamento.
Notas de uso
- Usado para justificar medidas disciplinares ou punitivas como forma de corrigir comportamentos.
- Registo popular e proverbial; aparece em contextos morais, educativos ou judiciais informais.
- Pode ser citado tanto de forma literal como metafórica, para defender consequências firmes ou sancionar atitudes.
- É sensível: em contextos contemporâneos convém equilibrar com referências à reabilitação e à proporcionalidade das sanções.
Exemplos
- O professor lembrava o dito: «Com vento se limpa o trigo, e os vícios com castigo», para justificar medidas disciplinares proporcioandas.
- Numa discussão sobre regras na empresa, alguém disse que, por vezes, são necessárias consequências firmes — «com vento se limpa o trigo» — para mudar comportamentos.
- Ao defender uma pena que servisse de exemplo, o juiz citou o provérbio para enfatizar a função corretiva da sanção.
Variações Sinónimos
- Com vento limpa-se o trigo; com castigo emendam-se os vícios.
- O vento separa o trigo, a correção separa os maus hábitos.
- Pelo castigo se aprende.
Relacionados
- Pelo castigo se aprende (provérbio popular).
- Quem não é corrigido, não aprende (variação popular).
- Quem ama, castiga (equivalente moral debatido).
Contrapontos
- A eficácia da punição é controversa: a reabilitação, educação e apoio muitas vezes produzem mudanças mais duradouras.
- Punições desproporcionadas ou abusivas podem agravar problemas e violar direitos; o provérbio não distingue severidade nem contexto.
- Hoje há maior ênfase em medidas restaurativas e preventivas em vez de castigos puramente punitivos.
Equivalentes
- English
Spare the rod, spoil the child (expresses a similar idea that punishment is necessary for correction). - French
Qui aime bien châtie bien (Quem ama bem castiga bem) — semelhante na justificação do castigo como correção. - Spanish
Quien bien te quiere, te hará llorar (variante que também liga afeto e correção pelo castigo).