Confiando em uma raposa para guardar o galinheiro.
Provérbios Alemães
Alertar contra confiar uma responsabilidade a alguém cujo interesse ou carácter torna provável a exploração ou o abuso dessa função.
Versão neutra
Confiar a uma raposa a vigilância do galinheiro.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio?
Significa alertar para o risco de confiar uma tarefa ou responsabilidade a alguém cuja índole ou interesses tornam provável o conflito de interesses ou o abuso dessa função. - É uma expressão ofensiva?
Depende do contexto: usada criticamente pode ser interpretada como acusatória. É sobretudo retórica para indicar risco, não uma prova de má conduta. - Quando é apropriado usar esta expressão?
Quando se quer sublinhar, de forma concisa, um conflito de interesses evidente ou a má escolha de quem assume uma função de vigilância ou fiscalização. - Tem origem numa fábula específica?
Não existe uma origem única claramente documentada; a imagem remete para fábulas sobre raposas e galinhas e aparece em várias tradições e línguas.
Notas de uso
- Empregado para denunciar conflito de interesses ou nomeações inadequadas.
- Tom frequentemente crítico ou irónico; registado sobretudo em contextos profissionais, políticos e de gestão de recursos.
- Não descreve uma acusação específica sem provas — serve como advertência conceptual.
- Pode ser usado de forma retórica em opinião pública e imprensa para sublinhar risco de má-fé.
Exemplos
- Nomear o fornecedor para fiscalizar a execução do contrato seria como confiar uma raposa para guardar o galinheiro — há claro conflito de interesses.
- Quando aceitaram que o antigo diretor supervisionasse a auditoria, muitos comentaram que era pôr a raposa a cuidar do galinheiro.
Variações Sinónimos
- Pôr a raposa a vigiar o galinheiro
- Entregar as chaves à raposa
- Deixar o lobo tomar conta das ovelhas
- Colocar alguém com interesses privados a gerir o bem público
Relacionados
- Conflito de interesses
- Quem vigia os vigilantes?
- Pôr o lobo a cuidar das ovelhas
Contrapontos
- Em alguns casos, aceitar-se um agente com interesse próprio pode ser estratégico se houver supervisão rigorosa e mecanismos de controlo.
- Ter um interessado envolvido pode alinhar incentivos quando estão bem definidas métricas e penalizações (gestão de risco controlada).
- Nem toda nomeação dúbia resulta em abuso; avaliação caso a caso e transparência são essenciais.
Equivalentes
- inglês
Putting the fox in charge of the henhouse - espanhol
Poner al zorro a cuidar las gallinas - francês
Mettre le renard à la garde du poulailler - alemão
Den Fuchs über den Hühnerstall setzen