Confiar no futuro, mas pôr a casa no seguro.
Incentiva um equilíbrio entre otimismo quanto ao que virá e medidas práticas de proteção no presente.
Versão neutra
Acredite que as coisas vão correr bem, mas tome medidas para se proteger agora.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-se ao aconselhar alguém a combinar esperança/otimismo com ações práticas de proteção — por exemplo em finanças pessoais, seguros, saúde e planeamento de projetos. - Significa que devo deixar de assumir riscos?
Não. O provérbio não defende evitar todo o risco, mas sim mitigá-lo com medidas sensatas e planeamento. - É o mesmo que 'Mais vale prevenir do que remediar'?
Está intimamente relacionado: ambos valorizam a prevenção, mas o provérbio original enfatiza também a componente de confiar no futuro, ou seja, equilíbrio entre esperança e precaução.
Notas de uso
- Usa-se para aconselhar prudência sem perder a esperança; aplicável a finanças, saúde, trabalho e planeamento pessoal.
- Tom geralmente prático e aconselhador; apropriado em contextos informais e formais, como conversas familiares ou consultoria financeira.
- Não é um convite ao fatalismo nem à paralisia: recomenda precaução razoável, não excesso de garantia.
- Pode ser dita antes de tomar decisões que envolvem risco, quando se quer sublinhar a importância de previsões realistas e mitigação.
Exemplos
- Planeie as despesas para a reforma: confiar que terá uma boa pensão é saudável, mas poupar ou contratar um plano é pôr a casa no seguro.
- Ao começar um negócio, confiar no potencial do mercado é importante, mas fazer contratos e seguros adequados é pôr a casa no seguro.
- Quando foi viajar, ela confiou que tudo correría bem, mas deixou instruções e um seguro de viagem — um verdadeiro pôr a casa no seguro.
Variações Sinónimos
- Confiar no futuro, mas garantir o presente
- Confia, mas verifica
- Acreditar que vai correr bem, mas tomar precauções
- Pôr meios de segurança enquanto se acredita no amanhã
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar
- Confia em Deus, mas prende o camelo (variante tradicional)
- Quem não arrisca não petisca (contraste sobre risco e oportunidade)
Contrapontos
- Excesso de precaução pode impedir aproveitar oportunidades e aumentar custos (ex.: segurar tudo por norma pode ser dispendioso).
- Tom demasiado cético pode transformar a máxima em desculpa para não confiar em pessoas ou no planeamento de longo prazo.
- Nem tudo é segurável; é preciso avaliar custo-benefício das medidas de proteção e aceitar limiares de risco razoáveis.
Equivalentes
- inglês
Trust in God, but tie your camel (Trust in the future, but take precautions) - espanhol
Confía en el futuro, pero asegura tu casa / Confía en Dios, pero ata tu camello - francês
Croire en l'avenir, mais sécuriser sa maison - alemão
Vertraue auf die Zukunft, aber sichere dein Haus ab