Cuida da vindima, olhar para a uva não mata a sede
Cuida da vindima, olhar para a uva não mata a sede
Enfatiza a necessidade de agir e tratar das tarefas concretas em vez de apenas as contemplar; admiração ou planeamento sem execução não resolve o problema imediato.
Versão neutra
Trata da vindima; ver a uva não mata a sede.
Faqs
O que quer dizer este provérbio? Significa que a contemplação ou o planeamento sem execução não resolve necessidades concretas; é um convite à acção e à concretização de tarefas.
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando alguém passa demasiado tempo a idealizar, a planear ou a admirar resultados potenciais em vez de agir; por exemplo ao protelar um projecto ou não executar tarefas práticas.
É um provérbio ofensivo? Não é ofensivo por si só, mas pode soar brusco ou crítico se dirigido directamente; recomenda-se usá‑lo com cuidado para não desvalorizar reflexão necessária.
Tem origem conhecida na tradição popular? Não há fonte documentada clara; é uma formulação que sintetiza imagens agrárias tradicionais (vindima, uvas) comuns na cultura rural ibérica.
Notas de uso
Usa-se para incitar à ação, produção ou execução, especialmente quando alguém passa demasiado tempo a planear ou a admirar resultados potenciais.
Aplicável em contextos de trabalho, finanças pessoais, projectos práticos e decisões quotidianas: prioriza-se o fazer em vez do mero observar.
Pode ter tom admonitório ou aconselhador; dependendo do contexto, pode soar brusco se usado directamente contra alguém.
Não invalida a utilidade de observar/avaliar (p.ex. para segurança ou planeamento), mas sublinha que observar sem agir não resolve necessidades imediatas.
Exemplos
O João andou meses a idealizar o negócio e nada começou — disse-lhe: «cuida da vindima, olhar para a uva não mata a sede», e sugeri que fizesse um protótipo simples.
Quando a equipa se perdeu em reuniões teóricas sobre o produto, a gerente cortou: «Tratem da vindima; ver a uva não mata a sede. Vamos lançar uma versão mínima já esta semana.»
Variações Sinónimos
Olhar para a uva não mata a sede
Ver não é comer
Não basta ver a fruta, é preciso colhê-la
Trata da vindima, não fiques apenas a contemplar
Relacionados
Falar não enche a barriga
Quem não arrisca não petisca
De grão em grão enche a galinha o papo
Pôr mãos à obra
Contrapontos
Observar e planear podem ser essenciais para evitar erros ou perigos; nem toda a contemplação é perda de tempo.
Em algumas situações (ex.: investigação, avaliação de risco, apreciação estética) o tempo de observação é necessário antes da acção.
Usado sem sensibilidade, o provérbio pode desencorajar reflexão, criatividade ou apreciação cultural.
Equivalentes
inglês Looking at the grapes won't quench your thirst / Actions speak louder than words
espanhol Mirar no quita la sed / Ver no es lo mismo que comer