Cuida o mentiroso que tal é o outro.
Advertência contra a hipocrisia: desconfia de quem acusa, pois ele pode ser igual ao acusado.
Versão neutra
Desconfia de quem mente ao acusar outro; provavelmente tem o mesmo comportamento.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para chamar a atenção para a possibilidade de hipocrisia quando alguém critica outra pessoa por um defeito que também possui. Evite usá‑lo para desacreditar automaticamente alegações com provas. - O provérbio implica que todas as acusações são falsas?
Não. O provérbio alerta para a necessidade de prudência e de avaliar a fonte; não é prova de falsidade das acusações. - É apropriado em contextos formais?
Geralmente não. Em contextos formais ou legais, é preferível expor factos e evidências em vez de recorrer a provérbios que possam parecer desqualificadores.
Notas de uso
- Empregado para alertar sobre hipócritas ou acusadores que podem ter o mesmo defeito que apontam.
- Registo geralmente informal; pode soar censurador ou sarcástico conforme o contexto.
- Não é apropriado como resposta automática em situações legais ou em denúncias legítimas — cuidado para não silenciar vítimas.
- Usado em conversas sobre reputação, intriga social ou quando há suspeita de parcialidade do acusador.
Exemplos
- Quando a Marta apontou o dedo a João por chegar atrasado, a Teresa murmurou: «Cuida o mentiroso que tal é o outro», porque Marta também chega tarde com frequência.
- Numa discussão sobre desonestidade, o chefe evitou aceitar acusações sem provas, lembrando: «Cuida o mentiroso que tal é o outro» — ou seja, examinar as fontes antes de condenar alguém.
Variações Sinónimos
- Olha quem fala.
- Quem atira pedras não devia viver em casa de vidro.
- Mira quién habla (espanhol, coloquial).
Relacionados
- Olha quem fala
- Não atires pedras se vives em vidro
- Quem cala consente (aplicado com reservas)
Contrapontos
- Nem toda acusação de alguém com falhas pessoais é falsa; usar o provérbio como argumento final pode silenciar queixas legítimas.
- Apontar hipocrisia não substitui a necessidade de provas: as alegações devem ser verificadas independentemente do caráter do acusador.
- Em contextos judiciais ou de investigação, a credibilidade não deve ser descartada apenas por imperfeições pessoais.
Equivalentes
- inglês
Look who's talking / He who lives in a glass house shouldn't throw stones - espanhol
Mira quién habla - francês
Regarde qui parle - alemão
Wer im Glashaus sitzt, sollte nicht mit Steinen werfen