Custa caro o que sabe bem.
A qualidade ou o prazer de algo normalmente exige um preço elevado; coisas boas não costumam ser baratas.
Versão neutra
O que é de qualidade costuma ser mais caro.
Faqs
- O provérbio tem sentido literal ou figurado?
Principalmente figurado: compara preço e qualidade/prazer. Pode ter leitura literal quando se refere a experiências que implicam custos elevados. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se justifica pagar mais por algo que oferece melhor qualidade, maior durabilidade ou maior prazer, ou para aconselhar alguém numa compra. - É igual a 'O barato sai caro'?
Não exactamente. 'Custa caro o que sabe bem' destaca que coisas boas têm preço; 'O barato sai caro' alerta para os riscos de optar apenas pelo preço baixo. - O provérbio implica que nunca devemos procurar alternativas mais baratas?
Não. É uma observação geral sobre a relação preço/qualidade, mas decisões concretas dependem da relação custo‑benefício e das prioridades de cada um.
Notas de uso
- Provérbio usado para justificar o pagamento de mais por produtos ou experiências consideradas superiores.
- Aplica-se tanto a bens materiais (comida, vestuário, tecnologia) como a serviços (restaurante, hotelaria, formação).
- Registo coloquial, facilmente usado em conversas do dia a dia e em contextos comerciais ou de negociação.
- Não é uma lei absoluta — expressa uma observação empírica ou uma atitude face à relação preço/qualidade.
Exemplos
- Decidimos jantar naquele restaurante caro porque, embora pagássemos mais, a comida e o serviço compensavam — custa caro o que sabe bem.
- Quando comprei os sapatos de pele, paguei um pouco mais, mas duraram anos; às vezes custa caro o que sabe bem.
- Ele explicou que prefere investir em bons utensílios de cozinha: 'Custa caro o que sabe bem', disse, referindo‑se à durabilidade e ao desempenho.
Variações Sinónimos
- O bom paga-se
- O que é bom custa dinheiro
- O que é de qualidade tem preço
Relacionados
- O barato sai caro (variante com nuance diferente: o barato pode trazer prejuízo)
- Quem tudo quer tudo perde (sobre escolhas e custos)
- Mais vale um mau acordo do que um bom processo (contraponto sobre economia de esforço)
Contrapontos
- Nem tudo o que é caro é necessariamente bom — o preço não garante qualidade.
- Existem produtos com boa relação preço/qualidade que proporcionam muita satisfação sem serem dispendiosos.
- A perceção do 'saber bem' é subjetiva; nem todas as pessoas valorizam o mesmo grau de qualidade.
Equivalentes
- inglês
Good things don't come cheap / You get what you pay for - espanhol
Lo bueno cuesta / Lo barato sale caro (nuances diferentes) - francês
Les bonnes choses ont un prix / Bon marché rime rarement avec qualité - alemão
Gutes hat seinen Preis