Da água mansa me livre Deus, que da brava me livrarei eu.
Aviso para desconfiar de quem parece excessivamente manso ou inofensivo: a aparente calma pode ocultar risco, traição ou desonestidade.
Versão neutra
Cuidado com quem se mostra muito calmo; a sua mansidão pode esconder intenções perigosas.
Faqs
- Qual é a ideia central deste provérbio?
Que a aparente mansidão ou serenidade pode ocultar intenções perigosas; é um aviso para manter prudência perante quem parece excessivamente calmo. - Quando devo usar este provérbio?
Use-o para alertar sobre possíveis riscos atrás de uma postura serena — por exemplo, em negócios, relações ou política — mas evite-o em julgamentos pessoais sem provas. - Este provérbio é ofensivo ou discriminatório?
Não é intrinsecamente ofensivo, mas pode ser interpretado como cínico ou desconfiado. Deve-se evitar usá-lo para estigmatizar grupos ou pessoas com base em traços de carácter. - Qual a origem do provérbio?
A origem exata é popular e não está documentada com precisão; faz parte da sabedoria oral ibérica e circula em variantes regionais há muito tempo.
Notas de uso
- Emprega-se quando se quer alertar para a possibilidade de alguém calmo ou discreto ser mais perigoso do que uma hostilidade aberta.
- Tom e contexto: proverbio de tom avisador; pode soar desconfiado ou cínico, por isso usar com cuidado em situações formais ou sensíveis.
- Não significa que toda pessoa calma seja má — é uma generalização popular sobre prudência e desconfiança.
- Frequentemente usado em situações interpessoais, política, negócios ou em conselhos parentais/geracionais.
Exemplos
- No trabalho, ele fala pouco e sorri sempre; lembro-me do provérbio: 'Da água mansa me livre Deus...' e prefiro verificar o que está por trás das palavras antes de confiar.
- Quando a empresa concorrente prometeu facilidade e rapidez, o conselho lembrou: 'Da água mansa me livre Deus', porque ofertas demasiado perfeitas podem ocultar cláusulas prejudiciais.
- Num debate político, o candidato muito polido e evasivo suscitou suspeitas: muitos comentaram que, por vezes, 'da água mansa' vem o verdadeiro perigo.
Variações Sinónimos
- Da água mansa me guarde Deus.
- Da água mansa guarda-nos Deus, que da brava eu me livrarei.
- Cuidado com a água mansa.
- Melhor desconfiar do manso do que confiar no estridente.
Relacionados
- Cão que ladra não morde (quem se mostra barulhento nem sempre é perigoso).
- Lobo em pele de cordeiro (perigo disfarçado de inocência).
- Nem tudo o que parece é (desconfiança perante aparências).
Contrapontos
- A calma e a mansidão são frequentemente virtudes: não devemos presumir malícia só por comportamento sereno.
- Generalizar pode conduzir a preconceitos e perda de oportunidades de colaboração com pessoas discretas e de boa-fé.
- O provérbio reforça prudência, não justifica desconfiança automática ou hostilidade.
Equivalentes
- inglês
Still waters run deep. - espanhol
Cuidado con el lobo con piel de cordero. - alemão
Stille Wasser sind tief.