Da guerra, a paz; da paz, a abundância; da abundância, o ócio; do ócio, a malÃcia; da malÃcia, a guerra.
Advertência sobre ciclos sociais: a paz gera prosperidade; a prosperidade pode gerar o ócio; o ócio facilita a malÃcia; a malÃcia conduz de novo à guerra.
Versão neutra
A guerra pode abrir caminho para a paz; a paz pode conduzir à abundância; a abundância pode provocar o ócio; o ócio pode dar origem à malÃcia; a malÃcia pode desembocar novamente na guerra.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
Que as condições sociais e morais se influenciam reciprocamente em cadeia: paz pode trazer prosperidade, e esta, se mal gerida, pode conduzir ao declÃnio e ao conflito. - É um princÃpio universal e inevitável?
Não; é uma advertência geral sobre riscos. A sua validade depende do contexto e pode ser contrariada por instituições, polÃticas e educação que previnam decadências. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao discutir ciclos históricos, riscos de complacência em fases de prosperidade ou a necessidade de manter valores e estruturas sociais durante tempos de estabilidade. - Tem origem literária conhecida?
Não há autor identificado; é um provérbio de origem popular transmitido oralmente, com variantes em várias lÃnguas.
Notas de uso
- Usa‑se para apontar consequências em cadeia entre condições sociais e morais, especialmente em debates sobre governação, educação e cultura cÃvica.
- Funciona como advertência moral e sociológica, não como lei determinista; serve para discutir prevenção de decadência e manutenção de instituições.
- Tom aconselhável: crÃtico e reflexivo; evitar empregá‑lo como justificativa simplista de conflitos ou estigmatização de grupos.
- Frequentemente citado em contextos históricos, polÃticos e literários para ilustrar ciclos de estabilidade e declÃnio.
Exemplos
- Ao comentar o perÃodo de prosperidade sem reformas, o historiador disse: «Da guerra, a paz; da paz, a abundância; da abundância, o ócio; do ócio, a malÃcia; da malÃcia, a guerra» — como alerta para a necessidade de educação cÃvica.
- Num debate sobre gestão empresarial, o diretor afirmou que crescimento sem planeamento pode levar ao relaxamento das práticas: «É o provérbio antigo: da abundância vem o ócio, do ócio vem a malÃcia».
- Ao analisar ciclos económicos, o professor usou a expressão para sublinhar que a estabilidade exige vigilância contÃnua para evitar retorno à instabilidade.
Variações Sinónimos
- Da guerra vem a paz; da paz vem a abundância; da abundância vem o ócio; do ócio vem a malÃcia; da malÃcia vem a guerra.
- Da guerra a paz, da paz a fartura; da fartura o descanso; do descanso o vÃcio; do vÃcio a guerra.
- Variante resumida: «A prosperidade sem vigilância conduz ao declÃnio».
Relacionados
- A ocasião faz o ladrão (sugere que o excesso de oportunidade facilita o crime).
- Quem semeia ventos colhe tempestades (consequências negativas de ações).
- Quem muito tem, muito quer (avareza e ambição como motor de problemas).
Contrapontos
- A abundância não conduz inevitavelmente ao ócio: instituições fortes, educação e cultura cÃvica podem transformar prosperidade em progresso sustentável.
- O determinismo implÃcito é questionável — sociedades podem interromper ciclos através de polÃticas económicas, justiça e educação.
- Muitos exemplos históricos mostram que perÃodos de prosperidade promoveram inovação e coesão social em vez de decadência.
Equivalentes
- inglês
From war comes peace; from peace, plenty; from plenty, idleness; from idleness, vice; from vice, war. - espanhol
De la guerra, la paz; de la paz, la abundancia; de la abundancia, el ocio; del ocio, la malicia; de la malicia, la guerra.