Da mesma flor a abelha tira o mel, e a vespa, o fel.

A mesma fonte ou situação pode gerar resultados diferentes conforme quem a aproveita ou com que intenção; o efeito depende do receptor ou do uso.

Versão neutra

Da mesma fonte saem resultados diferentes, conforme quem os utiliza.

Quando posso usar este provérbio?
Use-o para comentar situações em que pessoas diferentes obtêm resultados distintos a partir da mesma oportunidade, informação ou objecto; funciona bem em análises sociais, críticas ou conversas informais.
O provérbio é ofensivo?
Por si só não é ofensivo; é uma observação comparativa. Contudo, usar‑o para rotular alguém pode ser interpretado como julgamento negativo.
É equivalente a «cada um colhe o que semeia»?
Relaciona‑se, mas difere: «cada um colhe o que semeia» foca consequência das acções, enquanto o provérbio da flor enfatiza que a mesma fonte pode ser aproveitada de modos distintos por diferentes pessoas.

Uso comum para comentar diferenças de comportamento ou de aproveitamento de uma mesma oportunidade, objecto ou informação.
Registo: coloquial e proverbial; adequado em conversas, comentários críticos e textos de reflexão moral ou social.
Tom: pode ser neutro, observacional ou ligeiramente mordaz, dependendo do contexto.
Cuidado ao aplicar directamente a pessoas — pode ser interpretado como juízo de valor.

No mesmo curso, uns tiraram proveito e conseguiram emprego, enquanto outros perderam o interesse — da mesma flor a abelha tira o mel, e a vespa, o fel.
Quando divulgaram a notícia, alguns viram uma oportunidade de diálogo e outros alimentaram polémica; é o caso do provérbio: da mesma flor a abelha tira o mel, e a vespa, o fel.

Cada um colhe o que semeia (ênfase na consequência das ações de cada um).
Uns veem rosas, outros veem espinhos (diferença de perceções diante do mesmo facto).
Gosto não se discute (variações de julgamento pessoal sobre o mesmo objecto).

Em contextos científicos ou técnicos, a mesma causa tende a produzir o mesmo efeito previsível; aí o provérbio é menos aplicável.
Se as condições e os agentes forem idênticos, o resultado também será provavelmente idêntico — o provérbio pressupõe diferença no receptor ou na intenção.