De bezerras e vacas, vão peles às praças.
Indica que, tanto de animais novos como de adultos, se obtém algo aproveitável para vender — realça o aproveitamento de recursos e o papel do mercado.
Versão neutra
Das bezerras e das vacas vão peles para o mercado.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que, tanto de animais novos como de adultos, se obtém algo que pode ser vendido; em sentido figurado, que de diferentes fontes se consegue algo de valor e que o mercado transforma esse valor em troca financeira. - Em que situações se usa?
Usa‑se em conversas sobre agricultura, comércio ou economia doméstica, e figuradamente para lembrar que o aproveitamento de recursos e a colocação no mercado são o que conta. - É um provérbio ainda válido hoje?
Sim, a ideia geral sobre aproveitamento de recursos e o papel dos mercados continua relevante, embora as formas de produção e de comercialização tenham mudado.
Notas de uso
- Usa‑se em contextos rurais, económicos ou figurados para dizer que de diferentes fontes se obtém produto que é valorizado no mercado.
- Pode significar que nada se perde completamente: mesmo coisas distintas ou de qualidade diversa têm aproveitamento comercial.
- Emprega‑se também de forma crítica para lembrar que o lucro acaba por ser concretizado na praça/mercado, às vezes em detrimento do produtor.
Exemplos
- Na feira rural, o velho António dizia: «De bezerras e vacas, vão peles às praças», lembrando que tudo tinha valor para vender.
- Num contexto empresarial pode dizer‑se: «Cada departamento produz algo útil — de bezerras e vacas, vão peles às praças», para sublinhar que o essencial é o produto final colocado no mercado.
- Depois do abate aproveitaram as peles para vender; como se costuma dizer na aldeia, de bezerras e vacas, vão peles às praças.
Variações Sinónimos
- Das bezerras e das vacas, há pele para vender.
- Tudo o que é aproveitável vai ao mercado.
- Há mercado para o que se aproveita, seja novilho ou vaca.
Relacionados
- Há mercado para tudo (expressão semelhante, mais geral).
- Aproveitar tudo (ideia de não desperdiçar recursos).
- Quem vende a pele do urso antes de o matar (outro provérbio sobre comércio e risco, contraposto em tom).
Contrapontos
- Nem tudo o que se produz tem valor comercial; há produtos que não chegam à praça.
- A expressão pode ocultar desigualdades: nem sempre o produtor recebe a maior parte do lucro gerado pela venda.
Equivalentes
- inglês
There's a market for everything. - espanhol
Hay mercado para todo. - francês
Il y a un marché pour tout.