De mim e do meu asno haja pensado

De mim e do meu asno haja pensado, que do mal alheio não há cuidado.

Aconselha a cuidar dos próprios interesses e bens em vez de contar com a desgraça ou dependência do próximo.

Versão neutra

Cuida de ti e do que é teu; não contemples depender do infortúnio dos outros.

O que significa este provérbio em poucas palavras?
Significa que se deve ocupar dos próprios assuntos e bens, não esperar que o mal dos outros resolva os nossos problemas.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer aconselhar prudência e responsabilidade pessoal, por exemplo ao discutir finanças, trabalho ou cuidado de bens; evitar em contextos que exigem empatia ou solidariedade.
Este provérbio é egoísta?
Pode ser interpretado como egoísta se usado sem qualquer preocupação pelos outros; readaptado com cuidado, afirma sobretudo a necessidade de auto-sustento antes de assumir riscos por terceiros.

Expressão tradicional de âmbito rural, usada para insistir na responsabilidade individual sobre os próprios assuntos.
Tom: sentencioso e por vezes percebido como egoísta se usado sem contexto de justificação prática.
Registo: coloquial e proverbial; mais comum em linguagem informal ou em textos sobre sabedoria popular.
Situações de uso: advertir alguém a não confiar na desgraça alheia, aconselhar prudência financeira ou cuidado com bens pessoais.

Quando lhe disseram para esperar que o vizinho perdesse a job para conseguir a sua vaga, respondeu: «De mim e do meu asno haja pensado» e tratou de actualizar o currículo.
Num debate sobre solidariedade na comunidade, João lembrou: «De mim e do meu asno haja pensado», para sublinhar que primeiro tinha de ordenar as próprias finanças antes de ajudar.