De pessoa calada afasta tua morada.
Aconselha cautela em relação a quem se mostra excessivamente silencioso, sugerindo que o silêncio pode ocultar intenções ou perigos e que convém manter distância.
Versão neutra
Sê cauteloso com quem se mantém excessivamente calado.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que é prudente ter cautela com pessoas que se mantêm muito caladas, porque o silêncio pode ocultar intenções, informações ou perigos. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em contextos informais para aconselhar prudência — por exemplo, antes de confiar em alguém em negócios, parcerias ou quando há motivos para suspeita. Evita‑lo em situações em que o silêncio tem explicações legítimas, como timidez. - Este provérbio promove discriminação contra pessoas introvertidas?
Pode ser interpretado assim se aplicado indiscriminadamente. O provérbio alerta para cautela, mas não justifica o isolamento ou a estigmatização de pessoas reservadas; é melhor procurar informação antes de tirar conclusões. - Tem origem conhecida ou histórica?
Não há origem documentada conhecida para esta formulação específica; é uma variante popular do tema proverbial que associa silêncio a segredo ou perigo.
Notas de uso
- Usa-se em situações informais e proverbiais para aconselhar prudência perante pessoas reservadas ou enigmáticas.
- Não é um conselho literal: aplica‑se mais a relações de confiança ou quando há sinais de risco — por exemplo, em negócios, parcerias ou contextos sociais ambíguos.
- Tomar o provérbio ao pé da letra pode levar a julgamentos precipitados; é prudente procurar informação antes de avaliar alguém.
- Tom de advertência; pode soar desaconselhador ou desconfiado, por isso convém contextualizar para evitar ofensa.
Exemplos
- Antes de fechar o contrato, lembra‑te do ditado 'De pessoa calada afasta tua morada' e verifica as referências do sócio.
- Num grupo novo, não te aproximes de imediato de alguém que evita falar sobre si; é melhor observar e perceber as razões do silêncio.
Variações Sinónimos
- Cuidado com quem cala.
- Quem muito cala, muito esconde.
- Pessoa calada, perigos à vista.
Relacionados
- Quem muito cala, muito esconde.
- Quem cala consente. (proverbio diferente no sentido, relacionado com interpretação do silêncio)
- Águas paradas correm profundas (Still waters run deep) — silêncio pode esconder profundidade ou risco.
Contrapontos
- O silêncio não é sinónimo de má‑fé: muitas pessoas são reservadas por timidez, trauma ou cultura.
- Afastar‑se sem procurar compreender pode ser injusto e agravar o isolamento de quem é naturalmente calado.
- Em contextos profissionais, uma verificação objetiva (referências, contratos, processos) é preferível a julgamentos pessoais baseados no silêncio.
Equivalentes
- inglês
Beware the silent man / Still waters run deep (parcialmente equivalente) - espanhol
Cuidado con el que calla.