De ruim gesto, nunca bom feito.
Ações ou intenções negativas raramente conduzem a resultados positivos.
Versão neutra
De más intenções, dificilmente nasce algo bom.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-se para criticar métodos, intenções ou comportamentos que parecem condenar um resultado positivo, especialmente em conselhos, advertências ou reflexões morais. - O provérbio é absolutista — significa que não há exceções?
Não necessariamente. É uma observação geral: indica probabilidade, não uma regra universal. Situações concretas podem permitir correções e mudanças de rumo. - É equivalente a ‘quem semeia ventos, colhe tempestades’?
Está relacionado: ambos afirmam que más ações geram más consequências. A diferença é que o provérbio original enfatiza a origem (o gesto) e a consequência imediata no resultado. - É adequado usar este provérbio numa apresentação profissional?
Depende do tom. Em contextos profissionais formais, é preferível explicitar a ideia de forma directa e concreta, evitando provérbios que possam soar moralizadores.
Notas de uso
- Usa-se para sublinhar que más intenções, atitudes ou métodos tendem a produzir maus resultados.
- Aplica-se tanto a comportamentos pessoais (grosseria, desonestidade) como a procedimentos profissionais (métodos mal concebidos).
- Tom: moralizador ou aconselhador; evita-se em contextos muito formais sem explicação, por ser proverbial e categórico.
- Não significa que um erro isolado torne tudo irreparável, mas alerta para a consequência provável de partir de uma base má.
Exemplos
- Se resolveste começar o projecto com atalhos e enganos, de ruim gesto, nunca bom feito — mais cedo ou mais tarde surgirão problemas.
- Quando um chefe trata a equipa com desprezo, os resultados são previsíveis: de ruim gesto, nunca bom feito; a motivação e a qualidade caem.
Variações Sinónimos
- Quem mal pensa, mal faz.
- De más intenções, más obras.
- Quem semeia vento colhe tempestade.
Relacionados
- Quem mal começa, mal acaba.
- Não se faz omeleta sem quebrar ovos. (contrasta na ideia de meios justificarem fins)
- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
Contrapontos
- Nem todo começo ruim condena o resultado final — é possível corrigir más práticas e aprender com erros.
- Há situações em que uma ação impopular ou firme (aparentemente 'ruim') produz um bem maior; por isso convém avaliar contexto e intenção.
Equivalentes
- Inglês
You can't make a silk purse out of a sow's ear. / No good comes from evil. - Espanhol
De lo malo no puede salir algo bueno. / No se puede sacar buen fruto de mal árbol. - Francês
On ne tire rien de bon d'un acte mauvais. - Alemão
Aus schlechtem Samen wächst nichts Gutes.