Depois da casa arrombada, cadeado à porta.
Critica medidas tomadas só depois de o problema já ter ocorrido — precauções tardias são inúteis ou apenas simbólicas.
Versão neutra
Tomar precauções só depois de o dano ter ocorrido é insuficiente; as medidas tardias raramente previnem o prejuízo inicial.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para criticar ou comentar medidas que só surgem depois de um prejuízo evitável; é apropriado em contextos de segurança, gestão, política e no dia a dia. - Significa que medidas posteriores são sempre inúteis?
Não necessariamente; o provérbio destaca a tardança e a impropriedade da prevenção tardia, mas medidas pós‑evento podem ainda prevenir repetição ou mitigar danos. - Há registos históricos conhecidos da sua origem?
A origem precisa não é documentada neste registo. Trata‑se de um ditado popular baseado numa imagem literal facilmente compreensível. - Como se relaciona com 'prevenir é melhor do que remediar'?
São provérbios complementares: o primeiro critica a ação tardia, enquanto o segundo aconselha a adopção de medidas preventivas antes do problema ocorrer.
Notas de uso
- Usado para censurar reacções ou medidas que chegam demasiado tarde para evitar o prejuízo.
- Aplicável em contextos de segurança física, financeira, administrativa, de saúde e políticas públicas.
- Tom frequentemente irónico ou crítico; pode ser usado em registo coloquial ou em crónicas e comentários.
- Não impede reconhecer que medidas posteriores podem ter valor para evitar repetição do erro ou mitigar consequências.
Exemplos
- Roubaram-lhe o portátil no autocarro e agora quer contratar um alarme — depois da casa arrombada, cadeado à porta.
- O governo aumentou a fiscalização depois do escândalo financeiro; muitos comentaram que era como pôr um cadeado à porta depois da casa arrombada.
Variações Sinónimos
- Trancar a porta depois do ladrão ter passado.
- Pôr cadeado depois de o ladrão ter entrado.
- Apois do prejuízo, vêm as precauções.
- A horas más, trancas e cadeados.
Relacionados
- Prevenir é melhor do que remediar.
- Mais vale prevenir do que remediar.
- Quando o mal já está feito.
Contrapontos
- Medidas tomadas após um dano podem ser úteis para evitar reincidência ou para reparar prejuízos — nem sempre são totalmente inúteis.
- Em alguns casos, a deteção tardia permite identificar falhas e melhorar processos, tornando as medidas posteriores valiosas.
- A expressão critica a falta de prevenção, mas não invalida a utilidade de ações correctivas ou compensatórias.
Equivalentes
- inglês
Locking the stable door after the horse has bolted. - espanhol
Echar el cerrojo cuando ya entró el ladrón / Cerrar el corral después de que se haya escapado el caballo. - francês
Fermer la porte après que le cheval s'est enfui (équivalent). - alemão
Den Stall zumachen, nachdem das Pferd schon ausgebrochen ist (équivalent).