Deus faz o que quer, e o homem, o que pode.
Afirma a superioridade da vontade divina perante as limitações da ação humana.
Versão neutra
A vontade divina decide, e o ser humano age dentro dos seus limites.
Faqs
- Significa que tudo está predestinado e o homem não tem escolha?
Não necessariamente. O provérbio sublinha a limitação humana face a factores maiores (divinos ou fortuitos), mas muitos entendimentos permitem simultaneamente espaço para a decisão e responsabilidade humanas. - É um provérbio religioso?
Tem raiz em concepções religiosas sobre providência, mas é usado também em contextos seculares para falar de limites e aceitação de eventos imprevisíveis. - Posso usar este provérbio para justificar não agir?
Deveria evitar‑se esse uso. Embora expresse limites humanos, não anula a obrigação ética de tentar, planear ou responsabilizar‑se pelas próprias acções. - Onde é mais apropriado usar esta frase?
Em situações de reflexão sobre eventos fora do controlo pessoal — por exemplo, desastres naturais, resultados imprevistos ou quando se pretende exprimir humildade perante o desconhecido.
Notas de uso
- Usa‑se para expressar resignação ou aceitação face a resultados que estão além do controlo humano.
- Frequentemente aparece em contextos religiosos ou culturais que enfatizam a providência divina.
- Pode servir como justificativa para humildade diante de eventos imprevisíveis, mas não deve ser usada para eximir responsabilidade ética.
- Tom e registo: formal ou neutro; adequado em conversas reflexivas, textos religiosos ou literários.
Exemplos
- Quando a viagem foi cancelada devido ao mau tempo, ele comentou: «Deus faz o que quer, e o homem, o que pode», aceitando a situação sem culpar ninguém.
- Depois de tanto esforço no projecto que falhou por razões externas, Maria disse que não tinha mais a fazer — «Deus faz o que quer, e o homem, o que pode» — e concentrou‑se em aprender com a experiência.
Variações Sinónimos
- Homem propõe, Deus dispõe.
- O homem faz o que pode; Deus faz o que quer.
- Ao homem resta agir segundo as suas capacidades; a Deus cabe a decisão final.
Relacionados
- Homem propõe, Deus dispõe.
- A Deus rogando e com o martelo dando.
- Quem semeia colhe.
Contrapontos
- O provérbio não implica que a ação humana seja irrelevante — a responsabilidade e o esforço contam.
- Pode ser interpretado como fatalista; contrapõe‑se a visões que valorizam mais a agência e a mudança através da acção humana.
- Não deve servir de desculpa para inação ou falta de responsabilidade pessoal.
Equivalentes
- Latim
Homo proponit, Deus disponit. - Inglês
Man proposes, God disposes. - Espanhol
Hombre propone y Dios dispone. - Francês
L'homme propose, Dieu dispose. - Alemão
Der Mensch denkt, Gott lenkt.