Indica que, quando há dinheiro em jogo ou quem o possui tem influência, não se tolera desrespeito ou afrontas; sublinha a relação entre poder económico e exigência de respeito.
Versão neutra
O dinheiro não suporta desrespeito.
Faqs
Quando devo usar este provérbio? Use-o em contextos informais ao comentar situações em que o poder económico faz com que uma das partes imponha respeito ou regras; evite em registos formais ou quando a expressão possa justificar condutas abusivas.
Significa que o dinheiro dá sempre razão? Não exactamente. Indica que o dinheiro confere poder e menor tolerância a desrespeito, mas não legitima moralmente esse poder nem garante que a parte com dinheiro tenha razão objetiva.
Há alternativas mais neutras ou politicamente correctas? Sim — por exemplo «O dinheiro confere influência» ou «O poder económico reduz a tolerância ao desrespeito», que transmitem a mesma ideia sem tom confrontacional.
Notas de uso
Registo coloquial e directo; pode soar confrontacional.
Usa-se tanto no plano pessoal (alguém que não aceita ser insultado por causa do seu estatuto económico) como no plano profissional/negocial (clientes, investidores ou patrões que não toleram falta de respeito).
Também pode ser interpretado como conselho prático: tratar o dinheiro com cuidado, porque quem o gere impõe regras.
Não deve ser usado para justificar abuso de poder ou comportamento antiético; é mais comentário sobre relações de força do que norma moral.
Exemplos
Quando o cliente começou a falar mal da loja, o gerente cortou a conversa — dinheiro não atura desaforo.
Na negociação, deixámos de ser tão tolerantes com exigências irrealistas: dinheiro não atura desaforo.
Variações Sinónimos
Quem tem dinheiro não leva desaforo.
Com dinheiro manda quem pode.
O dinheiro não suporta insultos.
Relacionados
Quem tem dinheiro, manda (variante popular que enfatiza o poder económico).
Dinheiro é poder (afirmação sobre a influência económica).
Contrapontos
O dinheiro não compra respeito genuíno — respeito conquistado não se compra.
Aceitar a ideia literalmente pode justificar desigualdades e abuso de poder; a ética e o diálogo são preferíveis a impor respeito pela força económica.
Existem contextos em que uma postura mais humilde ou conciliadora produz melhores resultados do que impor limites pelo dinheiro.