Dois aleivosos bastam para condenar um justo

Dois aleivosos bastam para condenar um justo.
 ... Dois aleivosos bastam para condenar um justo.

Duas pessoas mal intencionadas ou caluniadoras podem ser suficientes para arruinar a reputação ou fazer condenar alguém justo; alerta para o efeito destrutivo da maledicência e do testemunho falso.

Versão neutra

Duas testemunhas falsas podem condenar uma pessoa inocente.

Faqs

  • Este provérbio deve ser entendido literalmente?
    Não. É figurativo: sublinha o poder da calúnia, do boato ou de testemunhos falsos para prejudicar alguém, sobretudo na opinião pública.
  • Aplica-se a processos judiciais modernos?
    Em termos práticos, o provérbio refere-se a fenómenos sociais. Nos tribunais modernos existem garantias e requisitos de prova que visam evitar condenações baseadas apenas em acusações isoladas.
  • Como evitar que duas pessoas arruinem a reputação de alguém?
    Promovendo verificação de factos, exigindo fontes e evidências, respeitando o princípio da presunção de inocência e recorrendo a canais legais para responder a calúnias.

Notas de uso

  • Usa-se sobretudo para lamentar injustiças causadas por boatos, acusações infundadas ou conspirações.
  • A expressão serve como crítica à facilidade com que a opinião pública pode aceitar acusações sem prova.
  • Pode ser empregue ironicamente quando a condenação é precipitada apesar da falta de evidências.
  • Não é uma norma jurídica; descreve um fenómeno social e não justifica a desconfiança automática em processos que respeitam garantias legais.

Exemplos

  • Depois das mensagens difamatórias partilhadas por dois colegas, a direção assumiu que ele era culpado — foi um caso em que dois aleivosos bastaram para condenar um justo.
  • Na pequena comunidade, duas calúnias repetidas com insistência tornaram-se verdade para muitos; é a ilustração do antigo ditado: 'Dois aleivosos bastam para condenar um justo'.

Variações Sinónimos

  • Basta a maledicência de dois para condenar um homem justo
  • Dois caluniadores bastam para destruir um inocente
  • Com duas testemunhas falsas, condena-se o justo

Relacionados

  • A mentira corre mais que a verdade
  • A calúnia dá frutos, mas não presta
  • Quem semeia vento colhe tempestade (sobre consequências da difamação)

Contrapontos

  • No direito moderno vigora a presunção de inocência e a exigência de prova; duas acusações isoladas não bastam para uma condenação legal.
  • O provérbio descreve uma realidade social possível, não uma regra justa: sistemas judiciais e éticos procuram evitar decisões baseadas apenas em boatos.
  • A propagação de acusações pode ser combatida por verificação de factos, procedimentos disciplinares e mecanismos de defesa da honra.

Equivalentes

  • inglês
    Two slanderers are enough to condemn a just man.
  • espanhol
    Con dos calumniadores basta para condenar a persona justa.
  • francês
    Deux calomniateurs suffisent pour condamner un juste.