Dos inimigos eu me protejo; dos amigos, que me proteja Deus.

Provérbios Italianos - Dos inimigos eu me protejo ... Dos inimigos eu me protejo, dos amigos Deus me proteje.
Provérbios Italianos

Adverte que a traição ou dano pode vir mais de quem está próximo (amigos) do que de inimigos declarados, sugerindo maior vigilância para com os íntimos.

Versão neutra

Dos inimigos protejo‑me eu; dos amigos, que me proteja Deus.

Faqs

  • O que significa este provérbio em poucas palavras?
    Significa que pessoas próximas podem causar dano inesperado, pelo que se deve ter mais cuidado com a confiança em amigos do que com inimigos declarados.
  • Este provérbio é cínico ou apenas prudente?
    Pode ser interpretado de ambas as formas: como cínico quando generaliza a deslealdade, ou como conselho prudente para avaliar relações com cuidado.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer alertar alguém sobre riscos de confiar cegamente em quem lhe é próximo, ou de modo irónico para comentar uma traição inesperada.
  • A forma original está correta: 'proteje' ou 'protege'?
    A grafia corrente em português europeu é 'protege'. 'Proteje' aparece em variantes históricas ou populares; ambas entendem‑se, mas 'protege' é a forma atual.
  • Qual é a origem do provérbio?
    Não há autor conhecido; trata‑se de um dito de tradição oral presente em várias línguas e épocas, usado em sermões, sátiras e comentários morais.

Notas de uso

  • Tom geral: advertência cínica ou prudente sobre confiança excessiva em pessoas próximas.
  • Registo: popular e proverbial; usado em conversas, textos reflexivos ou comentários irónicos.
  • Contextos típicos: política, relações pessoais, negócios — quando se pretende alertar para falsidade ou interesse escondido.
  • Advertência prática: não deve justificar paranoia; aconselha prudência e verificação antes de confiar cegamente.
  • Nota linguística: na forma original fornecida aparece 'proteje' (grafia antiga/variantes); em português atual escreve‑se 'protege' ou usa‑se a forma pronominal 'protejo‑me'.

Exemplos

  • Depois de ver como a proposta foi revertida por quem trabalhava comigo, disse: «Dos inimigos eu me protejo; dos amigos, que me proteja Deus.»
  • Num comentário sobre intrigas no gabinete, o diretor murmurou o provérbio como aviso: melhor vigiar aliados do que subestimar opositores.
  • Ela não quis aceitar toda a ajuda sem clarificações: estava cansada de ser traída por quem dizia ser amiga — 'dos inimigos eu me protejo, dos amigos Deus me proteja'.

Variações Sinónimos

  • Dos inimigos me defendo eu; dos amigos, que me defenda Deus.
  • Dos inimigos me guardo eu, dos amigos livre‑me Deus.
  • Mais perigoso que o inimigo é o amigo fingido.

Relacionados

  • Mais vale prevenir do que remediar — recomendação de prudência.
  • Cautela e desconfiança nas relações sociais — categoria de provérbios e ditos populares.
  • Em boca fechada não entra mosca — cuidado com o que se diz; proteção social por reserva.

Contrapontos

  • Generaliza todos os amigos como potenciais traidores — nem todos os amigos são desleais; confiança mútua é base das relações saudáveis.
  • Pode promover isolamento ou desconfiança excessiva se usado sem critério.
  • Solução prática alternativa: seleccionar amizades pela consistência e reciprocidade, equilibrando prudência com abertura.

Equivalentes

  • inglês
    I protect myself from my enemies; God protect me from my friends.
  • espanhol
    De los enemigos me defiendo yo; de los amigos, que me defienda Dios.
  • francês
    Des ennemis je me protège; des amis, que Dieu me protège.

Provérbios