Escrivão, ladrão.

Escrivão, ladrão.
 ... Escrivão, ladrão.

Sugere desconfiança em relação a quem manuseia documentos ou valores: quem tem acesso pode aproveitar para roubar.

Versão neutra

Quem manuseia documentos ou valores pode aproveitar esse acesso para desviar recursos.

Faqs

  • O que quer dizer 'Escrivão, ladrão'?
    É um provérbio que expressa desconfiança em relação a quem tem acesso a documentos ou valores, insinuando que esse acesso facilita o roubo.
  • Posso usar este provérbio em contexto profissional?
    Com cuidado. Em contextos formais pode ser considerado ofensivo ou generalizador. É preferível apontar a necessidade de controlos ou apresentar provas antes de fazer acusações.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Trata‑se de um provérbio popular de tradição oral sem origem documentada precisa; reflete receios históricos sobre a confiança em intermediários e guardiões de bens.
  • É politicamente correto usá‑lo?
    É uma generalização negativa sobre uma profissão; melhor evitar em debates públicos sem contexto ou evidência, e preferir termos que descrevam condutas concretas.

Notas de uso

  • Expressão curta e depreciativa, usada para alertar contra confiança cega em funcionários, secretários ou intermediários.
  • Frequentemente usada em tom crítico ou irónico; em contextos formais pode ser considerada ofensiva ou generalizadora.
  • Aplica-se tanto a situações financeiras (caixa, contabilidade) como a situações administrativas (registos, documentação).
  • Hoje é igualmente usada para apontar a necessidade de controlos, transparência e auditoria em instituições.

Exemplos

  • Depois de descobrir discrepâncias nos relatórios, comentou: «Escrivão, ladrão» para expressar desconfiança no secretariado da associação.
  • Ao discutir a necessidade de auditorias, a diretora disse que não se pode assumir boa-fé em todas as situações — resumiu: «Escrivão, ladrão» — e mandou reforçar os controlos.

Variações Sinónimos

  • Escrivão e ladrão
  • Escrivão, larápio
  • Quem escreve, rouba

Relacionados

  • Nem tudo o que reluz é ouro (alerta contra aparências enganosas)
  • Lobo em pele de cordeiro (desconfiança de quem parece inofensivo)
  • Quem guarda, tem (sugere apropriação por quem detém algo)

Contrapontos

  • É um estereótipo: nem todos os escrivães, funcionários ou secretários são desonestos.
  • Em entidades modernas existem mecanismos (auditorias, segregar funções, registos eletrónicos) que reduzem esse risco.
  • Usar o provérbio sem provas pode ser difamatório; deve-se distinguir desconfiança legítima de calúnia.

Equivalentes

  • es
    Escribano, ladrón (tradução literal usada em contextos semelhantes)
  • en
    Clerk, thief (tradução aproximada; não é um provérbio corrente em inglês)
  • fr
    Le greffier est voleur (tradução literal; equivalente de sentido, não expressão idiomática comum)