Espiou‑se a roca, acabou o linho.

Espiou-se a roca, acabou o linho.
 ... Espiou-se a roca, acabou o linho.

Advertência contra a interferência, a vigilância excessiva ou a distração que interrompe ou esgota um processo produtivo.

Versão neutra

Quem vigia demais ou se intromete demais, impede que o trabalho siga e pode esgotar recursos.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que a vigilância excessiva, a intromissão ou a preocupação constante podem impedir que um trabalho se realize ou que um recurso se mantenha.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Use‑o para advertir contra o micromanagement ou quando alguém está a atrapalhar uma tarefa por observar, corrigir ou intervir de forma contínua.
  • É um provérbio regional ou já caiu em desuso?
    Tem tom popular e tradicional, mais frequente em contextos rurais ou literários; é compreendido por falantes de português, mas pode soar arcaico fora desses contextos.

Notas de uso

  • Usa-se para aconselhar alguém a não vigiar ou fiscalizar em excesso uma tarefa, porque isso pode impedir que ela se desenvolva naturalmente.
  • Registo popular e regional; pode soar arcaico fora de contextos rurais ou literários.
  • Tom muitas vezes admonitório ou irónico: aplicado tanto a pessoas que atrapalham um trabalho quanto a situações em que a curiosidade impede resultados.
  • Relaciona-se com situações de micromanagement: quem fiscaliza demais acaba por anular eficiência.

Exemplos

  • O patrão mudou de ideias a toda a hora e esteve sempre a olhar para os operários — como se diz, espiou‑se a roca, acabou o linho; o trabalho nunca andou.
  • Quando eu comecei a explicar passo a passo e a corrigir tudo, o aprendiz travou; espio‑se a roca, acabou o linho — devíamos deixá‑lo tentar sozinho.

Variações Sinónimos

  • Olha demais e nada faz.
  • Quem muito fiscaliza, pouco produz.
  • Olhando muito, perde‑se a oportunidade.

Relacionados

  • A panela vigiada não ferve (variante mais literal)
  • Muitos fogem do trabalho com muita conversa
  • Quem muito quer, nada tem (contexto semelhante sobre excesso)

Contrapontos

  • Por vezes a vigilância é necessária para evitar erros ou desperdício; haver supervisão adequada pode aumentar a qualidade.
  • Nem toda intervenção é prejudicial — orientação pontual pode formar e prevenir acidentes.

Equivalentes

  • inglês
    A watched pot never boils.
  • francês
    Une marmite surveillée ne bout jamais.