Meu preto não gosta de favas, favas no preto

Meu preto não gosta de favas, favas no preto.
 ... Meu preto não gosta de favas, favas no preto.

Indica que gostos variam e que não vale a pena insistir quando alguém não aprecia algo; a expressão contém um termo racialmente sensível e é hoje considerada ofensiva.

Versão neutra

Quem não gosta de favas, que não as coma; ficam as favas para quem as quer.

Faqs

  • Este provérbio é racista?
    A fórmula original contém um termo racialmente carregado ('preto') usado de forma descritiva/vocativa; em contextos actuais é considerado sensível e potencialmente ofensivo. Recomenda‑se não usá‑lo nessa forma.
  • Qual é o verdadeiro sentido do provérbio?
    Quer dizer que gostos e recusas devem ser respeitados: se alguém não aprecia algo, não faz sentido obrigá‑lo; fica para quem o quer.
  • Devo usar uma versão neutra?
    Sim. Usar fórmulas neutras transmite o mesmo significado sem perpetuar termos potencialmente ofensivos.
  • De onde vem a expressão?
    É uma expressão popular de origem indefinida, provavelmente rural e com circulação histórica nas áreas de influência portuguesa; a origem exacta não é documentada.

Notas de uso

  • Forma arcaica e regional; a repetição confere ritmo e rima à expressão.
  • Contém o termo 'preto' usado como vocativo/descrição racial: hoje é sensível/ofensivo em muitos contextos.
  • Em linguagem atual, deve evitar‑se a fórmula original e preferir versões neutras que transmitam o mesmo sentido.
  • Usa‑se tipicamente para justificar que algo fique com outra pessoa quando alguém recusa ou não aprecia.

Exemplos

  • O João recusou o prato e a Ana disse: ‘Quem não gosta de favas, que não as coma; ficam as favas para quem as quer.’
  • Numa divisão de tarefas: 'Se não queres tratar das plantas, então ficam elas para quem quiser cuidar' — equivalente ao sentido do provérbio original.

Variações Sinónimos

  • Gosto não se discute
  • Cada um com os seus gostos
  • A cada um o seu

Relacionados

  • Gosto não se discute
  • Cada macaco no seu galho

Contrapontos

  • Não se deve usar linguagem que generaliza grupos humanos com base na aparência.
  • Preferir alternativas neutras evita perpetuar expressões com conotação racista.
  • Generalizar gostos pode ser redutor; é preferível falar de preferências individuais.

Equivalentes

  • inglês
    To each their own / One man's meat is another man's poison
  • espanhol
    Cada cual con su gusto
  • francês
    Chacun ses goûts