Observação irónica de que um filho gastador pode acabar por herdar a riqueza acumulada por um pai avaro; contrapõe hábitos opostos ao resultado material comum.
Versão neutra
Um filho pródigo pode tornar‑se herdeiro de um pai avarento.
Faqs
O que significa este provérbio? Expressa, de forma irónica, que um filho que gasta muito pode acabar por receber a riqueza acumulada por um pai que poupa em excesso; realça o contraste entre comportamentos e a continuidade da posse dos bens.
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando se quer sublinhar a ironia numa situação familiar em que hábitos opostos de gasto e poupança coexistem com a transferência de bens por herança. É adequado em comentários sociais ou discussões sobre família e finanças.
O provérbio aponta uma regra ou é apenas observacional? É observacional e irónico, não uma lei. Serve para destacar uma contradição aparente, não para afirmar que tal acontecerá sempre.
Há alguma conotação negativa ou sensível? Pode ser crítico ou moralizante; em contextos pessoais pode magoar se usado para julgar membros da família. Usar com cuidado em situações delicadas.
Notas de uso
Usa‑se para comentar uma contradição moral ou irónica entre o comportamento de duas gerações: um pai poupado e um filho gastador.
Tom: proverbioso, frequentemente irónico; apropriado em conversas informais, comentários culturais ou textos críticos sobre família e dinheiro.
Não é uma afirmação universal nem prescritiva: descreve uma situação possível, não uma regra inevitável.
Pode ser interpretado como crítica ao acúmulo sem partilha ou como comentário sobre a inevitabilidade da sucessão patrimonial.
Exemplos
Apesar de ter vivido desregradamente, acabou por receber a herança do pai; como se costuma dizer, filho pródigo é sucessor de pai avarento.
Ao comentar o testamento que deixava toda a fortuna ao filho que sempre gastou tudo, a vizinhança murmurava a velha máxima: filho pródigo é sucessor de pai avarento.
Variações Sinónimos
Filho pródigo herda pai avaro.
O gastador sucede ao pão‑duro.
O desperdício do filho e a avareza do pai caminham para a mesma casa.
Relacionados
Quem muito guarda pouco goza (sobre acumulação e fruição)
Quem tudo quer tudo perde (sobre excesso e consequências)
Tal pai, tal filho (sobre semelhanças entre gerações, por contraste)
Contrapontos
Nem sempre o pródigo sucede ao avarento: o herdeiro pode ser outro familiar ou o património pode ser dissipado antes da sucessão.
A avareza parental pode incutir prudência nos filhos, levando‑os a tornar‑se mais comedidos do que o pai.
A expressão pode ser vista como moralista e não reflectir a complexidade socioeconómica das famílias modernas.
Equivalentes
English The prodigal son becomes heir to the miserly father.