Fizeste-o, paga-o.
Quem provocou um dano ou erro deve assumir as consequências ou os custos daí resultantes.
Versão neutra
Quem causou o problema deve assumir as consequências.
Faqs
- Quando é apropriado usar 'Fizeste‑o, paga‑o'?
É apropriado para exigir que alguém assuma responsabilidades por uma ação deliberada ou negligente que causou danos; evite‑o em situações ambíguas, coletivas ou sensíveis. - É uma expressão rude?
Tem um tom direto e pode soar brusca; em contextos formais ou delicados, prefira formulações mais moderadas como 'deverias reparar o dano' ou 'assumir a responsabilidade'. - Aplica‑se em contextos legais?
Moralmente expressa a ideia de responsabilidade, mas em termos jurídicos a obrigação de pagar depende de provas, contratos e legislação aplicável. - Existem situações em que não se deve aplicar esta máxima?
Sim: erro involuntário sem culpa, falhas sistémicas, responsabilidade partilhada ou incapacidade económica relevante podem justificar exceções.
Notas de uso
- Usa‑se para exigir responsabilidade pessoal por atos, danos ou decisões.
- Tom frequentemente direto e coloquial; pode ser usado em contextos familiares, comerciais ou informais.
- Não se aplica automaticamente em situações de culpa partilhada, falha do sistema ou injustiça estrutural.
- Pode ser considerado ríspido; em contextos formais ou sensíveis, é preferível uma formulação mais suave.
Exemplos
- Deixaste a máquina ligada e queimaste a placa — fizeste‑o, paga‑o; terás de suportar a reparação.
- Se uma decisão tua nos custou clientes, não podes culpar a equipa inteira: quem tomou a opção deve corrigir e suportar o prejuízo.
- Quando o condutor imprudente bateu no carro do vizinho, o seguro fez o que podia, mas o proprietário disse: 'Fizeste‑o, paga‑o' — exigia indemnização pelo dano.
Variações Sinónimos
- Quem fez, que pague.
- Fez, que pague.
- Quem dá causa, responde.
- Paga o que fizeste.
Relacionados
- Arcar com as consequências
- Pagar pelos próprios erros
- Responsabilidade pessoal
Contrapontos
- Em casos de responsabilidade coletiva, não faz sentido atribuir todo o encargo a um único indivíduo.
- Quando o erro resulta de condições sistémicas (má formação, procedimentos deficientes), a expressão é injusta.
- Se a pessoa não teve intenção ou foi vítima de acidente, exigir pagamento pode ser desproporcional.
- Quando existe incapacidade financeira, a aplicação literal pode levar a resultados socialmente injustos.
Equivalentes
- inglês
You made your bed; lie in it. - espanhol
A lo hecho, pecho. - francês
Qui a fait son lit doit s'y coucher.