Foge do feio e do porcino, da botica e do remédio.
Conselho de evitar tanto aquilo que é claramente mau ou repulsivo quanto as soluções ou remédios duvidosos; valoriza a prevenção em vez da cura ou remediação.
Versão neutra
Evita o que é repulsivo e as soluções duvidosas; mais vale prevenir do que remediar.
Faqs
- Qual é o sentido literal deste provérbio?
Literamente refere-se a evitar o que é feio ou porco e também a botica e o remédio. Figuradamente aconselha a evitar tanto o problema quanto soluções ou remédios que são duvidosos ou piores. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer aconselhar alguém a não se envolver numa situação arriscada, a preferir a prevenção à correção, ou a desconfiar de soluções rápidas e de origem duvidosa. - Este provérbio é ofensivo para alguém?
O provérbio usa termos como 'feio' e 'porcino' que podem ser percebidos como depreciativos se aplicados a pessoas. Deve ser usado com cuidado para não insultar. - Qual é a origem desta expressão?
A origem exacta não está documentada aqui; trata‑se de sabedoria popular tradicional na língua portuguesa, provavelmente com raízes rurais e medicinais antigas.
Notas de uso
- Usado como aviso ou conselho prático para preferir evitar problemas em vez de depender de remédios incertos.
- Pode aplicar-se a pessoas, situações, produtos ou decisões em que a solução proposta é tão ou mais problemática que o próprio problema.
- Tem tom proverbial e assessor; normalmente usado em contextos informais ou conversas familiares.
- Evitar interpretações literais: 'botica' e 'remédio' representam aqui as tentativas de corrigir ou remediar, frequentemente insuficientes ou duvidosas.
Exemplos
- Quando viste a instalação elétrica mal feita, lembrei-me: foge do feio e do porcino, da botica e do remédio — foi melhor não comprar a casa.
- Ao escolher um mecânico, segui o conselho: evita oficinas que parecem improvisadas; foge do feio e do porcino, da botica e do remédio, e procura um profissional credenciado.
Variações Sinónimos
- Foge do feio e do porco
- Evita o mau e a cura duvidosa
- Mais vale prevenir do que remediar
- Não te metas em sarilhos para não teres de os curar
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar
- Quem espera desespera
- Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje
Contrapontos
- Nem sempre é possível evitar o problema; às vezes é necessário agir e remediar — 'quem cura, trata'.
- Algumas situações exigem intervenção mesmo que a solução seja imperfeita; postergar pode agravar o risco.
- Risco calculado pode compensar: evitar sempre pode significar perder oportunidades (cf. 'quem não arrisca não petisca').
Equivalentes
- inglês
Prevention is better than cure. - espanhol
Más vale prevenir que curar. - francês
Mieux vaut prévenir que guérir.