Frio de Abril, nas pedras vá ferir

Alerta para o frio tardio de abril que pode ser intenso e causar danos, especialmente em agricultura e em quem espera já pelo calor da primavera.

Versão neutra

O frio de abril pode ferir até as pedras.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que o frio que ocorre em abril pode ser forte e causar estragos, sobretudo em culturas agrícolas, e serve de aviso para não retirar protecções demasiado cedo.
Quando se usa na fala quotidiana?
Usa‑se ao aconselhar precaução face a noites frias tardias ou de forma figurada, para referir recaídas e dificuldades inesperadas após um período calmo.
Tem origem conhecida?
Não há origem documentada precisa; trata‑se de sabedoria popular transmitida oralmente, comum em áreas rurais onde o clima condicionava directamente a colheita.
Ainda é relevante hoje em dia?
Sim, em regiões sujeitas a geadas tardias continua a ser um aviso prático. Contudo, padrões climáticos regionais e as alterações climáticas tornam a sua aplicação dependente do contexto local.

Usa‑se para avisar sobre a possibilidade de geadas ou noites frias em pleno mês de abril.
Aplica‑se tanto de forma literal (risco para culturas, canteiros e tubérculos) como metafórica (surpresas ou dificuldades inesperadas após um período de bonança).
Frequente em linguagem rural e entre quem trabalha ao ar livre; pode ser usado como conselho prudente.

Os agricultores cobriram os pés de laranjeira porque, como diziam os mais velhos, 'frio de abril, nas pedras vá ferir' — houve risco de geada durante a noite.
Depois de semanas de sol, surgiu uma oposição inesperada no projecto; comentou‑se com ironia: 'frio de abril, nas pedras vá ferir', ou seja, não subestimes as recaídas.'

Nem todos os anos registam frios severos em abril; há anos de abril ameno.
Alterações climáticas deslocam padrões meteorológicos, reduzindo a frequência de geadas em algumas regiões.