Ganhe meu inimigo, e conserve eu meu filho.
Antes de enfrentar o inimigo, é preferível ceder ou fazer um sacrifício se isso salvar ou proteger um familiar — priorizar a segurança do filho em vez da vitória sobre o adversário.
Versão neutra
Prefiro ceder ao meu adversário se isso significar salvar o meu filho.
Faqs
- O que significa este provérbio de forma simples?
Significa que, em certas situações, é preferível ceder ou aceitar uma derrota se isso proteger alguém querido, especialmente um filho. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se discute uma concessão feita por motivos práticos ou emocionais — por exemplo, aceitar um acordo para evitar danos a familiares — ou para justificar priorizar a segurança sobre a honra. - É eticamente defensável seguir esta máxima?
Depende do contexto. Proteger a vida ou bem‑estar de um familiar é uma razão forte, mas também é importante considerar se a cedência perpetua injustiças ou cria riscos futuros. - Qual é a origem deste provérbio?
A origem exacta não é documentada aqui; é um provérbio tradicional cuja autoria e datação não são conhecidas. - Como posso dizer o mesmo de forma moderna e neutra?
Uma versão neutra: «Prefiro ceder ao meu adversário se isso significar salvar o meu filho.»
Notas de uso
- Expressa a ideia de escolher o bem maior ou imediato (proteção da família) em detrimento do orgulho ou da justiça.
- É usado para justificar concessões difíceis quando está em causa a segurança ou o bem‑estar de alguém querido.
- Pode ter conotação pragmática ou cínica: reconhece um compromisso moral por razões utilitárias.
- Nem sempre deve ser tomado literalmente; em contextos modernos refere‑se frequentemente a decisões onde se evita conflito para proteger terceiros.
Exemplos
- Diante da ameaça de perder a custódia, Luís aceitou um acordo desfavorável — ganhe meu inimigo, e conserve eu meu filho foi a ideia que guiou a sua decisão.
- No diálogo político, a coligação concordou com várias concessões para garantir a continuação dos apoios necessários: priorizar a estabilidade em vez de vencer a contenda foi, para eles, uma aplicação prática do provérbio.
- Quando a cirurgia arriscava a vida do neto, a avó afastou‑se de discussões de família e aceitou a solução proposta pela equipa médica — preferiu salvar a criança a demonstrar rancor.
Variações Sinónimos
- Antes que meu filho pereça, que vença o meu inimigo.
- Melhor ceder ao inimigo do que perder o meu filho.
- Antes perder a disputa do que perder a família.
Relacionados
- Mais vale um mau acordo do que uma boa demanda.
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Antes a paz do que a razão.
Contrapontos
- Ceder sempre pode legitimar injustiças: em alguns casos, resistir evita que o agressor cause dano a terceiros no futuro.
- Priorizar a segurança imediata pode sacrificar princípios essenciais, com consequências éticas a longo prazo.
- Nem toda concessão garante proteção; é preciso avaliar se ceder realmente assegura o bem‑estar do familiar.
Equivalentes
- Inglês
Better let my enemy win than lose my child. - Espanhol
Que gane mi enemigo, y conserve yo a mi hijo. - Francês
Que mon ennemi gagne, pourvu que je conserve mon fils. - Alemão
Lass meinen Feind gewinnen, wenn ich dafür mein Kind behalte. - Italiano
Meglio che vinca il mio nemico, purché io conservi mio figlio.