Generoso como ninguém é aquele que nada tem.

A expressão sugere que quem tem pouca coisa tende a mostrar mais generosidade — seja de bens, tempo ou afecto — ou, ironicamente, que a generosidade pode ser verbal quando não há bens materiais a perder.

Versão neutra

Quem nada tem muitas vezes mostra generosidade.

Faqs

O que quer dizer este provérbio de forma simples?
Significa que, por vezes, quem tem pouco mostra muita generosidade — seja partilhando o pouco que tem ou oferecendo atenção e apoio.
Posso usar esta frase para elogiar alguém pobre?
Pode, mas com cuidado: a frase pode soar a romantização da pobreza. É preferível reconhecer o gesto específico (partilha, sacrifício) em vez de generalizar.
É um provérbio positivo ou irónico?
Pode ser ambos. Depende do contexto: pode enaltecer altruísmo ou ser usado ironicamente para criticar ofertas vazias.

Notas de uso

Registo: proverbial e literário; usa‑se em conversas reflexivas ou críticas sobre pobreza e generosidade.
Leitura literal: refere‑se a actos de partilha ou sacrifício por quem tem poucos recursos.
Leitura irónica: indica que quem nada tem pode ser 'generoso' em conselhos, promessas ou emoção porque não arrisca bens materiais.
Cautela: não romantiza a pobreza nem a coloca automaticamente como virtude — o provérbio descreve uma observação social, não um imperativo moral.

Exemplos

Na festa da aldeia, foi comovente ver que, apesar de terem pouco, vários vizinhos partilharam o que tinham — generoso como ninguém é aquele que nada tem.
Ele dá‑se muito aos outros, sobretudo em atenção e tempo; dizem que 'generoso como ninguém é aquele que nada tem', mas também há quem use a expressão com ironia quando alguém só oferece conselhos vazios.

Variações Sinónimos

Quem nada tem, dá com o coração.
Tanto dá quem pouco tem.
Quem tem pouco é às vezes o mais generoso.

Relacionados

Mais vale dar do que receber.
Quem dá aos pobres, empresta a Deus.
A verdadeira riqueza está nos actos, não nas posses.

Contrapontos

A pobreza pode também forçar a retenção de recursos e não conduzir à generosidade.
Generosidade não é monopólio dos pobres; quem tem meios financeiros também pode e deve ser generoso.
Romantizar a pobreza é perigoso: falta de bens não implica virtude automática nem elimina desigualdades estruturais.