Gostos não se discutem.
Expressa que preferências e apetências pessoais são subjectivas e, por isso, não se resolvem por argumentação racional.
Versão neutra
Os gostos são pessoais e subjectivos.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando se quer reconhecer que uma preferência é pessoal e evitar debates sobre escolhas estéticas ou subjectivas. Não é adequado para encerrar discussões que envolvam factos, segurança ou critérios técnicos. - O provérbio justifica qualquer comportamento ou decisão?
Não. Dizer «gostos não se discutem» não valida atitudes prejudiciais nem substitui a necessidade de avaliar decisões com base em normas, ética ou segurança. - Significa que os gostos são imutáveis?
Não. O provérbio refere‑se sobretudo à subjectividade imediata; gostos podem mudar com experiência, informação e contexto, pelo que em alguns casos é legítimo discuti‑los.
Notas de uso
- Usa‑se para reconhecer a diversidade de preferências entre pessoas e pôr fim a debates sobre escolhas estéticas ou pessoais.
- Funciona como fórmula de cortesia ao evitar críticas diretas, mas pode soar evasivo ou desvalorizador se usado para fechar discussões relevantes.
- Nem sempre é aplicável: em contextos técnicos, profissionais ou de segurança, gostos podem ser discutidos com base em critérios objectivos.
- Em registos informais é comum; em contextos formais recomenda‑se explicar por que se aceita a diferença em vez de apenas aplicar o provérbio.
Exemplos
- Quando lhe perguntaram se gostava do penteado, respondeu: «Gostos não se discutem» e mudou logo de assunto.
- Numa reunião sobre cores do logotipo, o responsável disse que podiam discutir legibilidade e contraste, mas que, quanto às preferências pessoais, «gostos não se discutem».
Variações Sinónimos
- Para gostos, cores.
- Cada um com os seus gostos.
- Sobre gostos não há nada escrito.
- Cada cabeça, seu gosto.
Relacionados
- Para gostos, cores.
- Cada um com os seus gostos.
- Cada cabeça, seu gosto.
Contrapontos
- Em disciplinas como design, medicina ou engenharia, preferências podem e devem ser discutidas com base em critérios técnicos e evidência.
- Usá‑lo para evitar responsabilidades ou críticas legítimas (por exemplo, quando uma escolha põe alguém em perigo) não é aceitável.
- Nem todos os gostos são independentes de factores culturais, educativos ou económicos — muitos podem ser explicados e debatidos.
Equivalentes
- Inglês
There's no accounting for taste / Tastes differ. - Francês
Les goûts et les couleurs ne se discutent pas. - Espanhol
Sobre gustos no hay nada escrito. - Alemão
Über Geschmack lässt sich nicht streiten.