Governador cobiçoso faz desvergonhada a justiça

Governador cobiçoso faz desvergonhada a justiça.

Quando um governante é movido pela cobiça, a aplicação da justiça torna‑se parcial, corrupta ou vergonhosa.

Versão neutra

Um governante cobiçoso corrompe a justiça.

O que quer dizer este provérbio em linguagem corrente?
Significa que a cobiça ou interesse pessoal de quem governa tende a distorcer ou corromper a justiça, tornando‑a parcial ou vergonhosa.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao criticar práticas de governação que privilegiem interesses privados sobre o interesse público, ou ao apontar riscos de corrupção e captura institucional. Deve ser usado com cuidado para não caluniar sem provas.
É um provérbio ofensivo?
Tem um tom crítico e pode ser ofensivo para a pessoa visada. É uma expressão de desconfiança política e moral; o seu uso público deve considerar o contexto e a responsabilidade factual.
Tem origem histórica conhecida?
Não há uma origem documentada precisa; é um provérbio popular que sintetiza observações históricas sobre a relação entre poder, cobiça e justiça.

Empregado para criticar autoridades ou sistemas onde o poder e o interesse pessoal sobrepõem‑se ao bem comum.
Tom normalmente crítico e moralizante; pode ser usado em discurso político, jornalístico ou coloquial.
Não deve ser aplicado de forma literal a todos os governantes: generaliza e expressa desconfiança perante a concentração de poder.
Útil em análises históricas ou contemporâneas sobre corrupção, captura do Estado ou falta de independência judicial.

Os adversários lembraram o provérbio quando surgiram notícias sobre contratos públicos atribuídos sem concurso: 'Governador cobiçoso faz desvergonhada a justiça'.
Num debate sobre reforma judicial, a comentadora usou a expressão para sublinhar que a cobiça política pode subverter tribunais e processos.
Quando o Executivo controla completamente as nomeações, diz‑se que o provérbio se confirma: a justiça perde independência e reputação.

O poder corrompe; o poder absoluto corrompe absolutamente (Lord Acton).
Quando a raposa toma conta do galinheiro (imagem semelhante sobre conflito de interesses).
A justiça é cega (usado em contraste para falar de imparcialidade).

Existem mecanismos institucionais (tribunais independentes, fiscalização, imprensa livre) que impedem que a cobiça de um governante se traduza necessariamente em injustiça.
O provérbio generaliza: nem todo governante cobiçoso consegue ou consegue sempre subverter a justiça.
Analisar casos concretos e provas é preferível a usar apenas provérbios como argumento em debates factuais.

Inglês (tradução literal)
A covetous governor makes justice shameless.
Inglês (provérbio relacionado)
Power tends to corrupt; absolute power corrupts absolutely.
Espanhol (tradução literal)
Gobernador codicioso hace desvergonzada la justicia.
Francês (ideia equivalente)
Le pouvoir corrompt; le pouvoir absolu corrompt absolument.