Grilhões, nem de ouro

Grilhões, nem de ouro.
 ... Grilhões, nem de ouro.

Melhor a liberdade sem privilégios do que a servidão, mesmo que revestida de luxo.

Versão neutra

Não aceites grilhões, nem que sejam de ouro.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que não se deve aceitar perder a liberdade ou autonomia mesmo se a perda vier acompanhada de riqueza ou benefícios materiais.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se discute escolhas que envolvem trocar independência por segurança, dinheiro ou privilégios; em conversas sobre ética, emprego, política ou relações pessoais.
  • É um provérbio ofensivo ou sensível?
    Não. É uma expressão de valor moral sobre liberdade; só pode ser polémico se usado para desvalorizar opções legítimas de quem prefere segurança.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não há registo de autor ou data claros; nasce da imagem universal dos grilhões como símbolo de cativeiro, adaptada ao discurso popular.

Notas de uso

  • Usa‑se para defender a autonomia pessoal ou colectiva perante ofertas que implicam perda de liberdade.
  • Tom frequentemente moral ou patriótico; adequado em contextos de trabalho, relacionamentos ou política.
  • Registo coloquial e proverbial — evita-se em discursos técnicos sem contextualização.
  • Pode ser invocado tanto de forma literal (recusa de coacção) como figurada (recusa de dependência económica ou moral).

Exemplos

  • Quando lhe ofereceram um cargo bem pago mas com ordens que limitavam a sua independência, respondeu: «Grilhões, nem de ouro».
  • Para muitos empreendedores, preferir trabalhar por conta própria é uma aplicação prática do provérbio: melhor liberdade do que grilhões, nem de ouro.
  • No debate sobre privacidade, alguns defenderam que não aceitariam controlo excessivo, mesmo recebendo benefícios — grilhões, nem de ouro.

Variações Sinónimos

  • Nem com grilhões de ouro
  • Nem grilhões, nem ouro
  • Não há grilhões que valham ouro
  • Antes livre do que rico e cativo

Relacionados

  • Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar (aspecto pragmático oposto)
  • Antes a liberdade que a riqueza (variação de ideia)
  • Melhor o pouco com liberdade do que muito com prisão (variante explicativa)

Contrapontos

  • Em algumas situações, aceitar restrições pode trazer segurança ou bem-estar (por exemplo, contratos de trabalho com benefícios).
  • A vida em sociedade exige regras; alguma limitação de autonomia é necessária para convivência e ordem.
  • A rejeição absoluta de compromissos pode ser impraticável em contextos onde dependência mútua é inevitável (família, economia).

Equivalentes

  • Inglês
    No shackles, not even if they're made of gold.
  • Espanhol
    Ni grilletes, ni siquiera de oro.
  • Francês
    Des chaînes, pas même en or.
  • Alemão
    Fesseln, nicht einmal aus Gold.
  • Italiano
    Gratelle, neanche d'oro.