Guarda o que não presta, terás o que é preciso.

Conselho para não desperdiçar nem deitar fora coisas que hoje parecem inúteis, porque mais tarde podem revelar-se necessárias.

Versão neutra

Não deites fora algo que agora parece inútil; pode ser útil mais tarde.

O provérbio quer dizer que devemos guardar tudo?
Não: significa que vale a pena pensar antes de deitar fora algo aparente‑mente inútil; a decisão deve ser feita com critério, considerando espaço, valor e possível utilidade futura.
Em que contextos se usa este provérbio?
Usa‑se em situações práticas do quotidiano — oficinas, trabalhos manuais, arrumos domésticos — e também de forma metafórica para ideias ou conhecimentos.
Tem conotação positiva ou negativa?
Tem sobretudo uma conotação prática e positiva (poupança e aproveitamento), mas pode ter uma leitura negativa se justificar o acumular desnecessário.
Qual é a diferença para 'mais vale prevenir que remediar'?
'Mais vale prevenir que remediar' refere‑se a evitar problemas antes que ocorram; este provérbio foca‑se em não desperdiçar recursos que podem vir a ser necessários.

Usa-se em registos coloquiais e familiares como conselho prático sobre poupança e aproveitamento.
Aplica-se a objectos, peças sobresselentes, pequenos recursos e também a ideias ou experiências que possam ser úteis no futuro.
Não é um incentivo à acumulação indiscriminada; deve interpretar-se com critério: guardar com organização e propósito.
Pode servir como crítica bem-disposta a quem deita fora coisas que mais tarde fazem falta.

Guardei aquelas peças de madeira que sobraram; quando precisei de consertar a cadeira, já as tinha — guarda o que não presta, terás o que é preciso.
Ela insistia em conservar tecidos velhos; quando fez pequenas reparações na casa, tinham sempre o pano certo à mão.
O mecânico aconselhou a guardar filtros usados como referência; mais tarde serviram para identificar o problema num carro idêntico.

Guardar tudo sem critério conduz ao acúmulo e à desorganização; às vezes é melhor reciclar ou doar.
Manter objectos inúteis por hábito pode impedir a otimização de espaço e recursos.
Guardar por medo de faltar pode ser menos eficiente do que planear e repor quando necessário.