Há pouca diferença entre quem dá de má vontade e o avarento que recusa dar.
O provérbio critica a generosidade relutante, afirmando que dar contra gosto tem quase o mesmo valor moral que não dar nada.
Versão neutra
Dar de má vontade aproxima-se de não dar; a relutância reduz o valor do acto.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado para criticar actos de generosidade puramente formais ou relutantes, sobretudo em conversas sobre ética pessoal, relações familiares ou contributos comunitários. - O provérbio é ofensivo?
Pode ser interpretado como censurador; usa‑se com cuidado, porque implica julgamento sobre a vontade e o carácter da pessoa. - Aplica‑se sempre que alguém dá de má vontade?
Não. O provérbio generaliza uma observação moral: há situações em que a relutância tem razões justificadas e não reflecte avareza.
Notas de uso
- Usa-se para apontar que a intenção e a atitude de quem dá contam tanto quanto o acto material de dar.
- Tom normalmente crítico ou moral — serve para reprovar comportamentos de mesquinhez disfarçada.
- Adequado em contextos éticos, familiares ou comunitários; menos apropriado em situações formais onde se exija diplomacia.
- Não julga factores externos (coerção, incapacidade, costume cultural); é uma observação sobre atitude, não uma regra absoluta.
Exemplos
- Quando ofereceu ajuda apenas para se ver livre do assunto, todos perceberam que havia pouca diferença entre isso e não ter ajudado — dá de má vontade não é generosidade.
- Numa colecta de fundos, as doações feitas à pressa e com mau humor foram recebidas friamente; alguns comentaram que há pouca diferença entre quem dá de má vontade e o avarento que recusa dar.
Variações Sinónimos
- Dar de má vontade é quase o mesmo que não dar.
- Quem dá contra gosto não é verdadeiramente generoso.
- A mesquinhez com um gesto não deixa de ser mesquinhez.
Relacionados
- A intenção conta: gesto e vontade têm peso moral.
- Generosidade autêntica versus aparente.
- Críticas à hipocrisia de actos só formais
Contrapontos
- Nem sempre a relutância revela avareza: alguém pode dar de má vontade por pressões sociais, por cansaço financeiro momentâneo ou por conveniência, sem ser avarento por princípio.
- Em contextos de segurança ou trauma, recusar um gesto pode ser uma medida de autopreservação, não avareza.
- Avaliar apenas pela face externa pode ignorar motivações complexas — o provérbio simplifica uma realidade moralmente mais nuanceada.
Equivalentes
- inglês
There is little difference between someone who gives reluctantly and the miser who refuses to give. - espanhol
Hay poca diferencia entre quien da de mala gana y el avaro que se niega a dar. - francês
Il y a peu de différence entre celui qui donne à contrecoeur et l'avare qui refuse de donner. - alemão
Es gibt kaum einen Unterschied zwischen dem, der widerwillig gibt, und dem Geizigen, der zu geben verweigert.