Homem endividado, todo o ano apedrejado

Homem endividado, todo o ano apedrejado.
 ... Homem endividado, todo o ano apedrejado.

Quem tem dívidas sofre críticas, desconfiança e pressão contínuas.

Versão neutra

Quem está endividado sofre críticas e pressões constantes.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio em termos práticos?
    Significa que uma pessoa com dívidas tende a sofrer desconfiança, críticas e pressão contínuas da comunidade e dos credores; é uma advertência sobre o custo social e emocional de dever dinheiro.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se pretende alertar contra os riscos de contrair dívidas sem plano de pagamento ou quando se comenta o estigma social que pode acompanhar o endividamento. Deve usar-se com cuidado para não estigmatizar injustamente quem recorre ao crédito por necessidade.
  • É um provérbio ainda relevante hoje?
    Continua relevante enquanto existir estigma social associado ao endividamento e enquanto dívidas criarem pressões reais. No entanto, a percepção pública varia conforme contexto económico, tipos de crédito e redes de apoio social.

Notas de uso

  • Usa-se para advertir sobre as consequências sociais e práticas de contrair dívidas.
  • Aplica-se tanto em contextos pessoais (familiares, comunidades pequenas) como em contextos económicos mais amplos para sublinhar estigma e vulnerabilidade.
  • Tem tom cautelar e muitas vezes moralizante; pode ser usado para justificar desconfiança em relação a quem deve dinheiro.

Exemplos

  • Depois de perder o negócio, o João passou a sentir-se excluído pela vizinhança — homem endividado, todo o ano apedrejado.
  • A frase foi usada pelo gerente para lembrar os sócios de que assumir dívidas sem plano pode trazer problemas duradouros.
  • Mesmo tendo boas razões para pedir um empréstimo, ela sabia que na aldeia a percepção mudaria: quem deve é olhado de lado.

Variações Sinónimos

  • Quem deve, vive mal visto.
  • Devedor vive sempre sob suspeita.
  • Quem está em dívida, é sempre criticado.

Relacionados

  • Quem pede emprestado perde a liberdade.
  • Quem não tem dinheiro, não tem amigo (variante sobre dependência económica nas relações).
  • Quem paga mal, paga duas vezes (sobre consequências de não saldar dívidas).

Contrapontos

  • Na economia moderna, o crédito é uma ferramenta necessária para investimento e crescimento; estar endividado não implica automaticamente culpa ou desonra.
  • Dívidas contraídas para educação, habitação ou investimento produtivo podem melhorar a situação a médio/longo prazo, pelo que o provérbio pode ser demasiado simplista.
  • Existe também crédito responsável e mecanismos de proteção (regulação, insolvência) que reduzem o estigma social associado à dívida.

Equivalentes

  • Inglês
    The borrower is servant to the lender (Biblical proverb, equivalent idea: a debtor is under constant pressure).
  • Espanhol
    Hombre endeudado, todo el año apedreado (variante literal usada em contextos hispânicos).
  • Francês
    L'homme endetté est sans cesse blâmé (versão equivalente que expressa estigma contínuo).