Jejua, galego, que não há pão cozido

Jejua, galego, que não há pão cozido.
 ... Jejua, galego, que não há pão cozido.

Conselho de resignação diante da falta de recursos: aceita a privação porque não há solução imediata.

Versão neutra

Jejua, que não há pão cozido.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio?
    Significa que, por falta de recursos (pão), o mais sensato é suportar a privação (jejuar). É um conselho de resignação perante uma situação sem solução imediata.
  • É ofensivo dizer‑lo a alguém?
    A inclusão do termo «galego» pode ser sentida como estereótipo ou provocação étnica. Em contextos modernos e formais, é preferível evitar‑lo ou usar a versão neutra.
  • Quando é apropriado usar a forma neutra?
    Use a versão neutra («Jejua, que não há pão cozido.») em contextos em que se queira evitar referências a grupos étnicos ou quando a intenção não é provocar.
  • Qual é a origem deste provérbio?
    A origem exacta é incerta; trata‑se de um ditado popular com presença histórica nas áreas fronteiriças entre Portugal e Galiza, refletindo hábitos rurais e conversas do quotidiano.

Notas de uso

  • Usa‑se para indicar que não há meios ou provisões e que o mais sensato é resignar‑se.
  • Inclui referência étnica («galego») que, em contextos modernos, pode ser percebida como estereótipo ou provocação.
  • Forma vulgar e popular; adequado a situações informais. Deve evitar‑se em contextos profissionais ou diplomáticos.
  • Pode aparecer em registos antigos como expressão de rivalidade fronteiriça entre comunidades portuguesas e galegas.

Exemplos

  • Quando a mercearia fechou mais cedo e não havia pão em casa, o avô resmungou: «Jejua, que não há pão cozido.»
  • Perante o racionamento, o patrão disse aos empregados, em tom seco, «Jejua, galego, que não há pão cozido», e alguém corrigiu: «Diz só que não há.»

Variações Sinónimos

  • Jejua, galego, que não há pão.
  • Jejua, que não há pão cozido.
  • Não há pão; toca a jejuar.
  • Não há pão cozido; aguenta o jejum.

Relacionados

  • Quem não tem pão, que coma bolo (variante irónica de resignação às circunstâncias.)
  • Acorda cedo quem quer pão (sublinando iniciativa em vez de resignação).

Contrapontos

  • Quem procura, acha (incentiva a iniciativa em vez da resignação).
  • Arregaçar as mangas: faz‑se pão (sugere agir para resolver o problema).

Equivalentes

  • espanhol
    Ayuna, gallego, que no hay pan cocido.
  • inglês
    Fast, Galician, there's no baked bread.