Ovo cozido, ovo perdido.
Alguma coisa feita ou decidida não pode ser desfeita; a oportunidade ou estado perdido já não volta atrás.
Versão neutra
O que está feito já não se pode desfazer.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o quando quiser expressar que uma ação já produziu efeitos que não podem ser revertidos ou quando uma oportunidade foi definitivamente perdida. - É educado dizer isto a alguém que cometeu um erro?
Depende do tom. Pode cair como uma observação neutra, mas também pode parecer insensível se a pessoa espera ajuda ou arrependimento. Em contextos delicados, prefira uma formulação mais empática. - Tem origem histórica conhecida?
Não há registo histórico preciso. É um dito popular, provavelmente originado em ambiente rural a partir da imagem simples do ovo como símbolo de algo irreversível após cozedura.
Notas de uso
- Usa-se para assinalar que uma ação teve consequências irreversíveis ou que uma oportunidade foi perdida.
- Tom geral: neutro a levemente resignado; pode soar frio se usado para justificar negligência.
- Registo: coloquial/popular. Adequado em conversas informais ou para ilustrar uma ideia em texto.
- Não implica necessariamente censura moral — pode ser apenas constatação factual.
Exemplos
- Quando viemos a saber que o contrato foi assinado por outra empresa, não havia nada a fazer — ovo cozido, ovo perdido.
- Apanharam o incêndio a alastrar enquanto adiaram as medidas; agora as casas queimadas não voltam atrás — ovo cozido, ovo perdido.
Variações Sinónimos
- O que está feito, está feito.
- Água passada não move moinho.
- Não chores pelo leite derramado.
Relacionados
- Não chores pelo leite derramado
- O que está feito, está feito
- Água passada não move moinho
Contrapontos
- Mais vale tarde do que nunca. (sugere que ainda é possível agir)
- Onde há vida há esperança. (insinua possibilidade de recuperação)
Equivalentes
- Inglês
What's done is done; Don't cry over spilt milk. - Espanhol
A lo hecho, pecho. - Francês
Ce qui est fait est fait. - Alemão
Was geschehen ist, ist geschehen.