Mais realista que o rei

Mais realista que o rei.

Ironia usada quando alguém pretende parecer mais sensato, prudente ou conhecedor do que a própria autoridade ou responsável.

Versão neutra

Aparentar ser mais sensato do que a autoridade responsável pela decisão.

O provérbio é usado de forma séria ou irónica?
Normalmente é usado de forma irónica ou crítica para sublinhar presunção; raramente como elogio directo.
Posso usá-lo em contexto formal?
É mais próprio do registo coloquial. Em contextos formais prefira expressões neutras que descrevam a opinião sem a ironia.
Tem relação com desobediência ou crítica política?
Frequentemente aparece em críticas políticas ou administrativas, onde alguém parece julgar melhor as decisões dos responsáveis.

Tom frequentemente irónico ou crítico — aponta excesso de confiança ou presunção.
Usado em contextos políticos, administrativos ou sociais quando alguém julga as decisões de quem tem autoridade.
Registo coloquial; pode ser jocoso ou mordaz conforme o tom.
Pode ser ofensivo se dirigido directamente a uma pessoa em posição de poder.

Quando o conselho aprovou a medida, o porta-voz explicou tudo com tal segurança que parecia mais realista que o rei.
Diz-se que ele está sempre a corrigir os governantes — fica a fama de ser mais realista que o rei, o que lhe causa antipatia entre os superiores.

Por vezes a crítica aparente pode ser útil — apontar falhas com argumentos objectivos não é sempre presunção.
Ser 'mais realista' pode resultar de conhecimento especializado; o provérbio critica sobretudo a postura de superioridade, não a competência.
Em regimes autoritários, contradizer a autoridade pode ter consequências sérias, pese embora a expressão seja irónica.