Muito come o tolo, mas mais tolo é quem lho dá

Muito come o tolo, mas mais tolo é quem lho dá.
 ... Muito come o tolo, mas mais tolo é quem lho dá.

Aponta que, embora o tolo cometa excessos, a responsabilidade maior cabe a quem facilita ou consente esses excessos.

Versão neutra

Quem permite os excessos de outra pessoa é mais responsável do que essa pessoa que os comete.

Faqs

  • Qual é a ideia central deste provérbio?
    Que a responsabilidade de um acto pode recair mais em quem o facilita do que em quem o pratica; critica a complacência ou conivência.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer apontar que alguém está a permitir, incentivar ou financiar comportamentos prejudiciais de outra pessoa; em contextos críticos e informais.
  • É ofensivo chamar alguém de 'tolo' usando este provérbio?
    Pode ser percebido como ofensivo. O provérbio tem tom moralizador e acusatório, por isso convém avaliar o contexto e a relação com a pessoa antes de o usar.

Notas de uso

  • Registo: informal, de uso coloquial e crítico.
  • Emprega-se para censurar quem permite ou incentiva comportamentos errados ou prejudiciais de outrem.
  • Tem um tom moralizante; pode ser usado para justificar restrições ou limites a terceiros.
  • Convém ter cuidado ao usar em contexto pessoal, pois pode soar acusatório.

Exemplos

  • O João come sem parar e depois queixa-se do mau estado de saúde, mas também há que apontar quem lhe arranja sempre comida à mão — muito come o tolo, mas mais tolo é quem lho dá.
  • Se uma empresa continua a premiar funcionários que se comportam mal, não se espante com os resultados: muito come o tolo, mas mais tolo é quem lho dá.

Variações Sinónimos

  • Mais tolo é quem facilita a tolice
  • Quem alimenta a tolice é mais culpado
  • Não é só o tolo que erra, é quem o estimula

Relacionados

  • Quem cala consente (relação com a ideia de consentimento)
  • Quem tudo quer, tudo perde (diferença: foca nas consequências da cobiça)
  • Dá-se a mão, toma-se o braço (sobre limites e facilitação)

Contrapontos

  • Dar pode ser acto de solidariedade: alimentar alguém em necessidade não é necessariamente uma facilitação da tolice.
  • Por vezes a responsabilidade é partilhada e o comportamento do 'tolo' tem causas sociais ou económicas que exigem outra abordagem.
  • Em contextos afetivos, cortar toda a ajuda pode ser prejudicial; distinguir entre auxílio legítimo e facilitação é essencial.

Equivalentes

  • Inglês
    The fool eats much, but the greater fool is the one who gives it to him.
  • Espanhol
    Mucho come el tonto, pero más tonto es quien se lo da.
  • Francês
    Le sot mange beaucoup, mais plus sot encore est celui qui le nourrit.