Muito vale e pouco custa, ao mal falar boa resposta

Muito vale e pouco custa, ao mal falar boa resposta.

Diz que algo de pouco custo pode ter grande valor; e que, perante insultos ou palavras más, a melhor resposta é uma réplica apropriada e eficaz.

Versão neutra

Pouco custa e muito vale; à má fala, uma boa resposta.

Significa que devemos responder sempre a insultos?
Não necessariamente. O provérbio aconselha uma resposta apropriada — que pode ser uma réplica firme, inteligente ou, em alguns casos, a opção de não responder, dependendo do efeito desejado.
A primeira parte fala de bens materiais ou também de atitudes?
A primeira parte aplica‑se tanto a bens materiais como a atitudes ou gestos: algo que exige pouco investimento e oferece grande utilidade ou valor.
É um provérbio de origem conhecida?
Não há registo de uma origem precisa; é tradicional na oralidade portuguesa e combina duas máximas populares frequentemente usadas separadamente.

Trata-se de um provérbio composto por duas ideias que por vezes figuram separadamente: apreciação do que é económico e valioso; e o conselho de responder bem às ofensas.
Na primeira parte, aplica‑se a objectos, serviços ou gestos cujo benefício supera o custo. Na segunda, recomenda uma resposta medida, clara ou espirituosa diante de ataques verbais.
Não implica sempre reagir com agressividade: 'boa resposta' pode ser uma réplica firme, elegante ou até o silêncio estratégico, conforme o contexto.
É mais usado em contexto coloquial e conselhador; evita‑se em situações formais onde se prefere linguagem directa e normativa.

Comprámos aquela ferramenta barata e durou anos — muito vale e pouco custa.
Quando alguém começou a insultá‑lo na reunião, respondeu com calma e lógica; ao mal falar, boa resposta.

English
Little cost, great value; to ill speech, a good reply.
Spanish
Mucho vale y poco cuesta; a la mala palabra, buena respuesta.
French
Peu coûteux et de grande valeur; à la mauvaise parole, une bonne réponse.